terça-feira, 25 de agosto de 2009

LAMENTÁVEL: FRAUDES NO BOLSA FAMÍLIA NO MUNICÍPIO DE ITABAIANA.

Em Itabaiana, centenas de pessoas recebem o Bolsa Família de maneira irregular, de acordo com uma auditoria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Se essa estatística se repetir nas demais cidades sergipanas, ainda que em proporções menores, então deveremos estar diante de um vergonhoso e gigantesco fraude social.

O Bolsa Família é um programa de transferência de renda do governo federal, que tem como objetivo final as famílias que vivem em situação de risco, de fome, de pobreza. Mas não é isso que tem ocorrido na cidade de Itabaiana, onde o Tribunal de Contas da União descobriu que dos 1.068 pessoas cadastradas no programa e que recebem o benefício, 205 possuem algum tipo de veículo registrado em seu nome, conforme o cadastro do Renavan.

Entre os fraudadores, 21 pessoas possuem automóveis, 4 micro-ônibus, 151 possuem motocicletas e 35 caminhões – 64 pessoas já haviam falecido. Procurado pela fiscalização do TCU, um dos picaretas beneficiários – que tem um carro, 2 motos e um caminhão – chegou a dizer que utiliza o dinheiro do programa para comprar combustível.

Mas a realidade de Itabaiana não é muito diferente da do restante do Estado. Normalmente, os senhores prefeitos, assim que assumem a administração municipal, nomeiam sua esposa, a primeira-dama do município, para cuidar da importante secretaria de ação social. A pasta é responsável pelo cadastramento dos beneficiários dos programas federais que, via de regra, são utilizados de forma político-eleitoreira.

Os prefeitos são como raposas colocadas pelo próprio governo federal para tomar conta do galinheiro. Perseguem eleitores de seus opositores e contemplam bajuladores e eleitores com os recursos públicos. Isso somadas às fraudes que normalmente já ocorrem alimenta verdadeiras quadrilhas especializadas em assaltar os recursos públicos. Não há duvidas de que os programas de transferência de renda produziram efeitos nunca vistos no Brasil, nos últimos anos, mas precisam ser mais bem fiscalizados pelo poder público.

Fonte: Jornal do Dia

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