quinta-feira, 20 de agosto de 2009

SOBE PARA 10 O NÚMERO DE PESSOAS INFECTADAS PELA NOVA GRIPE EM SERGIPE.

Chega a dez o número de pessoas infectadas pelo vírus H1N1 em Sergipe. Esta informação foi passada na manhã de ontem pelo secretário municipal da Saúde, Marcos Ramos, durante coletiva, quando anunciou também a parceria com o Corpo de Bombeiros de Sergipe. O objetivo dessa parceria é intensificar o trabalho de combate ao vírus da gripe suína. Até o momento, oito pessoas estão sendo investigadas. Desde segunda-feira que militares do Corpo de Bombeiros – um total de 280 – participam de um treinamento, onde recebem informações importantes sobre a gripe.

De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Aracaju, Taíse Cavalcante, desde o dia 16 de julho que o Ministério da Saúde determinou que somente as pessoas com síndrome aguda respiratória fizessem exames para saber se contraíram o vírus H1N1. “A partir desse momento, dez pessoas têm a síndrome, outra tem a influenza comum e está sendo tratada e estamos esperando o resultado de oito exames”, explicou Taíse. Ela não tem um prazo para receber os resultados dos exames, que estão sendo realizados no Rio de Janeiro.

Na parceria entre a Secretaria Municipal de Saúde e o Corpo de Bombeiros, além do curso foram confeccionados folhetos informando a população sobre os cuidados para evitar a gripe suína. Estes folhetos já estão sendo distribuídos no aeroporto, em toda a rede escolar e nos terminais rodoviários.

A comandante do destacamento do Corpo de Bombeiros no Aeroporto Santa Maria, tenente Sanany Alves da Silva, afirmou que com o curso os militares estarão capacitados a explicar a população sobre as medidas a serem adotadas para se prevenir da doença. A orientação serve para os próprios bombeiros se precaverem. “Já imaginou se toda a corporação fica doente?”, ponderou a militar.

Igreja Católica adapta rituais da missa

Antes mesmo da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) divulgar nota alterando alguns dos principais rituais da Igreja Católica durante as celebrações, a Paróquia Nossa Senhora do Santíssimo Sacramento, localizada no conjunto Leite Neto, em Aracaju, já tinha tomado algumas medidas preventivas para diminuir o risco de contaminação com o vírus H1N1, causador da gripe A. Segundo o responsável pela paróquia, padre Josué do Nascimento Santos, há cerca de um mês alguns rituais foram mudados.

Agora, por exemplo, durante a Paz de Cristo – momento de comunhão entre os irmãos que antecede a comunhão eucarística – os fiéis não estão se saudando com o tradicional aperto de mão, pelo menos nesse período de epidemia da doença. Em alguns momentos, ela está sendo omitida das missas. Durante a comunhão, a hóstia não está sendo colocada diretamente na boca do fiel. “Na hora da comunhão, ele deve receber a hóstia, de preferência, na mão, muito embora a legislação da Igreja dê ao fiel o direito de escolher a melhor forma de receber o corpo de Cristo”, explicou o religioso.

O Pai Nosso também não está sendo rezado mais de mãos dadas, para evitar o contato próximo e a transmissão de algum tipo de vírus, não apenas o H1N1. Como na paróquia não existe pias de água benta de acesso livre para os fiéis, nada foi mudado nesse sentido. “Só usamos água benta na aspersão”, informou. Segundo o padre Josué, a mudança no procedimento de alguns rituais se deu também pelo fato de próximo à paróquia estar localizado um hotel, e os hóspedes, vindos de vários Estados do país e até do exterior, terem o costume de frequentar as missas.

“No início, muitas pessoas disseram que era um exagero, porque a gripe A ainda não está tão forte em Sergipe. Mas não queremos deixar para nos prevenir depois que a situação estiver crítica”, explicou, ressaltando que as medidas foram adotadas depois que a Arquidiocese de São Paulo anunciou posicionamento nesse sentido. A orientação é que os fieis que apresentem sintomas de gripe não vão às missas, para evitar a transmissão do vírus.

Frequentadora da igreja, Vera Pereira já vê com naturalidade as medidas adotadas durante a missa para evitar o contágio da doença. “São medidas fáceis de serem seguidas e hoje todos já estão acostumados. Estranham só os que são de fora da paróquia, que começam a se abraçar durante a Comunhão da Paz ou pegam nas mãos durante o Pai Nosso, apesar de o padre anunciar as mudanças antes da missa”, disse, ressaltando que não custa nada se prevenir.

Fonte: Jornal da Cidade

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