quinta-feira, 10 de setembro de 2009

INADIMPLÊNCIA DOS CONSUMIDORES DIMINUE NO MÊS DE AGOSTO.

A inadimplência dos consumidores medida no País pelo Serviço Nacional de Proteção ao Crédito (SPC) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) caiu 13,16% em agosto, em relação a julho, e 1,38% em relação a agosto do ano passado. No acumulado do ano a queda foi de 8,8%.

Para o presidente do SPC Brasil, Roberto Alfeu, a queda acentuada de julho para agosto decorre da recuperação do emprego, do aumento da massa salarial do trabalhador, do impacto do 13º salário e da restituição do Imposto de Renda de considerável parcela dos consumidores.

Segundo Alfeu, também influenciaram o resultado a queda na taxa básica de juros (Selic) e a melhora na oferta de crédito. Entre os devedores inscritos no SPC, as mulheres figuram com 55,54% e os homens 44,46% do total.

Até agosto, as consultas ao SPC aumentaram 2,88% em 2009 na comparação com o mesmo período do ano passado. Na comparação de agosto deste ano com agosto de 2008, a alta foi de 2,59%, em razão das liquidações de inverno, da proximidade do dia dos pais e das vendas de material escolar para o segundo semestre letivo.

Alfeu acredita que a recuperação econômica do país começa refletir na redução de dívidas do consumidor. Ele destaca a redução no percentual do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) adotada pelo governo para combater a crise e a ampliação do número de meses para recebimento do Seguro Desemprego estão entre as medidas medidas que aumentaram o dinheiro em circulação e favoreceram a redução do endividamento do público.

Para ele, "tudo estaria melhor, no entanto, se o governo reduzisse o gasto público". O que segurou a economia brasileira em face da crise mundial, conforme avalia, foi o fato de o País consumir 85% do que produz, enquanto exporta apenas 15% do total. Em outros países, lembra Alfeu, as pequenas e micro empresas demitiram bastante, o que não aconteceu no Brasil, onde elas contratam até oito empregados e seguram a economia.

As classes C e D, segundo ele continuam consumindo bem no País, o que deve garantir bons resultados para a economia até o final do ano, quando também estarão circulando os recursos da restituição do Imposto de Renda e do 13º salário.

Fonte: Jornal do Brasil

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