terça-feira, 8 de setembro de 2009

PARQUE DOS FALCÕES RECEBERÁ APOIO DO GOVERNO DO ESTADO PARA MANTER SUAS ATIVIDADES.


Mais de 200 aves, algumas consideradas em extinção, convivem hoje no Instituto Parque dos Falcões, localizado no município sergipano de Itabaiana – a 45km de Aracaju. São corujas raras, gaviões, falcões e diversos pássaros que se destacam pela beleza e características próprias. No local, as aves são criadas com autorização do Ibama e mantidas através de doações e de voluntários, o que o fez tornar-se referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação desses animais.

Porém, o Instituto vem enfrentando dificuldades para perenizar seus trabalhos. Por isso, nesta terça-feira, 8, representantes da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico, da Ciência e Tecnologia e do Turismo (Sedetec) e da Empresa Sergipana de Turismo (Emsetur) – vinculada à Sedetec – visitaram o local e ouviram reivindicações de coordenadores e voluntários que acompanham o dia a dia do instituto.

Atualmente, os principais problemas enfrentados pelo Parque são relacionados à infraestrutura para receber estudantes, turistas e abrigar as aves, além de manutenção, que envolve custos com funcionários, alimentação dos pássaros, medicamentos, entre outros itens. Outra necessidade é a consolidação do parque como instituto.

A exposição dessas dificuldades foi feita pelo biólogo Marcelo Cardoso, que duas vezes por semana faz um trabalho voluntário no Parque dos Falcões. “Estamos com problema de falta de espaço para as aves, logística, temos uma estrutura ainda deficiente para receptivo e precisamos consolidar a equipe que trabalha conosco. Uma das nossas ideias é transformar esse lugar em um centro de conservação e pesquisa de aves de rapina no país”, destacou o biólogo.

De acordo com o secretário Jorge Santana, da Sedetec, a partir desta própria terça já será construída uma agenda de trabalho para tentar solucionar esses problemas. “Fomos procurados pelo instituto em busca de apoios relacionados à infraestrutura e à promoção do parque. Tivemos a oportunidade durante a visita de conhecer bem o conceito que o parque trabalha e de rediscutir formas de o governo apoiar, através da Emsetur e Sedetec, essa iniciativa, que é muito importante para que se tenha mais um atrativo turístico. Tudo isso respeitando, obviamente, a vocação deste local para ser um ambiente de estudos, de pesquisas”, pontuou o secretário.

Também participaram da visita o diretor de operações da Emsetur, Diego Costa, e o assessor técnico da Coordenadoria de Turismo da Sedetec, Joab Almeida. A Emsetur já está comprometida em auxiliar na construção de um projeto arquitetônico que atenda às necessidades do parque, já conhecido por muitos turistas, estudantes, biólogos e pesquisadores brasileiros e estrangeiros.

O Parque dos Falcões funciona todos os dias, das 8h às 11h e das 13h às 16h, mas é necessário agendar visitas, pois existem horários reservados exclusivamente aos cuidados com as aves. As visitas turísticas ao Parque podem ser agendadas pelos telefones (79) 9962-5457 / 8818-5036. Já as visitas das escolas particulares devem ser agendadas diretamente com a assessora pedagógica do Instituto, Adelmice Vilela, pelos telefones (79) 3222-6112 / 9978-4208.

Sonho realizado

O Parque dos Falcões, já divulgado pela mídia internacional, foi construído através do trabalho e esforço de dois sonhadores, José Percílio e Alexandre Correia. Alexandre se juntou a Percílio em 1999, mas a história do Instituto começou ainda na infância do fundador. Aos sete anos, Percílio ganhou um ovo de Carcará (Caracara plancus), e depois de 28 dias sendo chocado por uma galinha, nasceu Tito, sua primeira ave. Hoje, Tito tem 26 anos e se soma às mais de 200 aves mantidas sob os cuidados do Instituto.

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