quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

PACIENTES COM TRANSTORNOS MENTAIS CAEM NA FOLIA.

Com muita maquiagem e purpurina, dona Maria Aparecida, 47, chegou a caráter no baile de carnaval dos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). "Me maquiei para ficar bonita", comentou a usuária do Caps Liberdade, escolhida pelos colegas como a Rainha do Carnaval na unidade. "Ano passado também fui eu", disse orgulhosa. Para fazer jus ao posto, separou seu melhor vestido. "É minha fantasia, fui eu que fiz", contou toda sorridente.

Na tarde desta quinta-feira, dia 11, pacientes, familiares e funcionários dos seis Caps da Prefeitura Municipal de Aracaju comemoraram juntos mais um carnaval. Na quadra de esportes do Centro de Educação Permanente da Saúde (Ceps), dançaram sem parar ao som das tradicionais marchinhas de carnaval, do frevo e do axé.

"Essa já é uma festa tradicional da Rede de Atenção Psicossocial [Reap], onde todos os componentes se reúnem para celebrar o carnaval", destacou o secretário municipal de Saúde, Marcos Ramos, lembrando que milhares de cidadãos dos quatro cantos do município são beneficiados com as ações de integração social realizadas pelos Caps.

O secretário foi o responsável pela abertura oficial do evento, que também contou com o desfile das rainhas e reis momo de cada Caps. "Uma das nossas atribuições é a integração dos nossos serviços com a comunidade. Então hoje nos reunimos para que eles vejam que somos todos iguais, todos têm direitos", ressaltou a coordenadora da Reap, Mônica Rocha.

Segundo ela, o carnaval é uma festa democrática, celebrada juntamente com amigos e pessoas mais próximas. "Não é porque a pessoa tem problema mental que não tem o direito de se divertir e participar da festa", pontuou Mônica, destacando o envolvimento dos funcionários da Rede, que além de comparecer à festa, vestiram suas fantasias e se integraram aos usuários.

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