Foto: Márcio Dantas
O governador Marcelo Déda empossou, na manhã desta terça-feira, 2, no auditório do Hotel Parque dos Coqueiros, os 633 servidores aprovados no concurso público da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS) realizado em março de 2009. Entre os cargos que serão exercidos estão o de médico, enfermeiro, farmacêutico, nutricionista, assistentes social, de enfermagem e administrativo, sendo 126 no município de Itabaiana, 116 em Nossa Senhora da Glória, 136 em Nossa Senhora do Socorro, 67 em Propriá, 66 em Capela, 45 em Neópolis e 77 para o Samu Sergipe, totalizando 633 servidores.
Para o governador Marcelo Déda, o Estado passa por uma mudança histórica. “Estamos vivendo um momento histórico na saúde pública de Sergipe. Ao assumirmos o Governo, avaliamos a situação que estava a saúde pública do Estado e a encontramos obsoleta, com instrumentos anacrônicos, rede física se degradando, municípios precisando da solidariedade do Governo Estadual e o Governo Federal precisando melhorar o diálogo com o Governo Estadual. E chegamos à conclusão que ou nós fazíamos uma reforma sanitária, uma reforma no sistema de saúde ou nós não cumpriríamos as metas que havíamos estabelecido”, enfatizou Déda.
Ainda segundo Déda, se o Governo usasse as ferramentas de trabalho que encontrou no início do mandato, tomaria sopa de garfo. “Decidimos mudar de ferramenta e comprar uma colher para tomar a sopa, acabando a relação eleitoreira entre as prefeituras e o Governo. Isso é fazer política de Estado. Isso é cuidar da saúde pública, da saúde das pessoas e contrariar interesses que significam, às vezes, milhões de reais, e fizemos questão de contrariar esses interesses”, argumentou Déda, acrescentando ainda que a atual gestão soube recuperar a estrutura física dos hospitais e que o Governo de Sergipe realizou o maior investimento na área de saúde do Brasil, com mais de R$ 300 milhões.
O governador destacou ainda que há quatro anos, o quadro de hospitais em Sergipe estava entregue a empresas terceirizadas, prejudicando cabalmente a população. “É bom destacar que há quatro anos, as manchetes dos jornais falavam do fechamento de 10 hospitais. A solução que encontraram foi simples: terceirização. Contrataram uma empresa da Bahia às pressas para cuidar do problema. E a oposição sergipana pensa que o povo sergipano tem memória curta e que vai esquecer dos atos que fizeram. As pessoas têm memória, e quando alguns desses hospitais reabriram, foi com a intervenção da empresa baiana terceirizada, pagando alto pelos serviços, e nós temos dados que comprovam isso. O que é que estamos fazendo hoje? Desprivatizando”, relatou Marcelo Déda.
Há muito tempo a população sergipana não vê o Governo empossar tantos funcionários concursados para o interior do estado, principalmente para a área saúde. Segundo Déda, a porta de entrada no serviço público não é feita através de indicações políticas. “A porta de entrada nos concursos públicos não é pelo dedo do político, é através do concurso público. Essa é a grande transformação que dá muita raiva e dor de cotovelo em muita gente. Estamos contratando mais oito mil funcionários nesse Governo, uma revolução”, concluiu o governador.
A finalidade da solenidade de posse serviu também para esclarecer aos trabalhadores a filosofia da instituição, a sua política de gestão e de atenção à saúde, além das especificidades da rede de atenção hospitalar do interior do estado. Ao todo, já foram convocadas mais de 2.300 pessoas para as 2.761 ofertadas.
A secretária de Estado da Saúde, Mônica Sampaio, ressaltou a importância de se promover concursos para a área da saúde. “Os hospitais se transformaram num patrimônio público do estado. Todas as categorias da saúde estão sendo contratadas para atender aos hospitais do interior, para a capital e melhorar a qualidade do atendimento da saúde em nosso estado. É a consolidação da saúde como um todo, por isso é uma ação importante para que possamos estabelecer um padrão de saúde que prime pela melhoria da saúde para os sergipanos”.
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