Foto: Márcio Dantas
O governador Marcelo Déda e o presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, assinaram convênio nesta terça-feira, 16, para a exploração de petróleo e realização de obras em rodovias situadas em áreas onde estão localizados campos de produção petrolífera no Estado de Sergipe. Para a recuperação dessas rodovias, que interligam unidades de produção e cujas obras serão executadas pela Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), os investimentos chegam a R$ 30 milhões. O total de todos os investimentos da Petrobras em Sergipe ultrapassa o valor de R$ 1,2 bilhão. Antes da solenidade, o governador recebeu o presidente da estatal numa audiência no Palácio dos Despachos.
Durante o ato, o governador Marcelo Déda enfatizou a importância deste dia para o desenvolvimento de Sergipe. “É uma data extraordinária para o estado. A energia do meu organismo está focada para segurar os músculos desta expressão tão popular que é o sorriso, porque essa vontade de sorrir transmite toda a felicidade e sentimento de realização do ato de hoje. São investimentos que garantem o futuro dos sergipanos, trazendo desenvolvimento econômico e sustentável, principalmente com a presença da Petrobras em nosso estado, que há pelo menos três décadas vem gerando emprego e renda em Sergipe”, disse o governador.
Déda fez questão de afirmar que este convênio é um ato histórico, assim como foi nas descobertas nos campos de Carmópolis, na plataforma submarina, na deflagração do processo de exploração de potássio ou quando foi construída a Fafen ou quando a empresa deflagrou a produção da extração de óleo em Piranema, a primeira exploração em águas profundas do Nordeste. “São momentos como esses que me dão a felicidade de ser governador, porque atos como esses não são resultados para gerar as eleições de amanhã não. Estamos tratando da garantia plena da presença da Petrobras como um dos principais alicerces da economia de Sergipe nas próximas duas gerações”, acrescentou.
Investimentos
O presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, aproveitou a oportunidade para anunciar a descoberta, no campo de Piranema, de um poço com boa qualidade de óleo que vai fortalecer a produção no estado e aumentar os ganhos em termos de tributos. Além disso, informou que a Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados de Sergipe (Fafen) receberá um investimento de 130 milhões de dólares para duplicar a produção de fertilizantes, neste caso, o sulfato de amônia, que tem forte mercado no Nordeste e vai diversificar, inclusive, a pauta de exportações sergipanas, dando uma nova referência ao polo produtor de fertilizantes. A Petrobras garantiu também uma proposta firme e inflexível de mais de 700 mil metros cúbicos de gás a partir de 2014 para o projeto Carnalita, da Vale do Rio Doce.
O governador Marcelo Déda destacou, em seu discurso, que o Brasil tinha o hábito de abaixar a cabeça para outros países desenvolvidos, fazendo uma alusão ao termo ‘gandula’. “Tínhamos uma vocação de gandula no jogo. Havia líderes nacionais, partidos políticos, presidentes da República que se conformavam quando outros países desenvolvidos formavam um jogo no G8 e convidavam o Brasil para esperar a bola sair e ser gandula. Voltávamos felizes, porque na hora de entregar a bola, ainda falávamos em inglês ou francês com eles. O presidente Lula, falando apenas uma língua, a língua do interesse nacional, colocou o Brasil para jogar no meio de campo como jogador decisivo em certas regiões do mundo e indispensável nas mesas dos grandes. É este trabalho que nos orgulha. A Petrobras é uma prova inconteste do que esse povo é capaz de fazer quando ele consegue perceber que não é gandula, é jogador e pode e deve defender interesses sem perder de vista o papel de referência”, afirmou.
Marcelo Déda disse ainda que o petróleo passa a ter, no Brasil, um papel estratégico a longo prazo. “O petróleo é muito mais que um negócio, é a afirmação de soberania nacional, âncora do desenvolvimento sustentável que esta nação deseja e vai ter para que nós possamos construir juntos um projeto nacional, que faça do futuro a resposta mais bela às lutas e aos sonhos do povo e que insira o país no mundo, sem arrogância e sem as humilhações como àquelas que quase nos acostumávamos pela fragilidade e falta de compromisso nacional de certos governos. A Petrobras é uma das grandes responsáveis pelos saldos que a economia brasileira vem trazendo, porque nunca deixou de considerar o petróleo como elemento fundamental para a geopolítica e matriz de desenvolvimento”, enfatizou.
Início das obras
Segundo o presidente da Petrobras, Sergio Gabrielli, além da sonda de água profunda que ajudou a descobrir a reserva de petróleo no estado, outras duas chegarão a Sergipe até maio deste ano. “A obra de ampliação na Fafen terá início em setembro de 2011. Em relação às estradas, os recursos serão liberados o mais breve possível. Já o investimento da unidade de sulfato de amônia da Fafen receberá investimento de 130 milhões de dólares para diversificar o produto na unidade de Sergipe. A Petrobras está em Sergipe desde 1968 e a sua produção começou nos anos 70. É um projeto de sustentabilidade a longo prazo”, explicou o presidente da Petrobras.
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