segunda-feira, 17 de maio de 2010

AUGUSTO BEZERRA: PACIENTE "MORTO VIVO" CAUSA REVOLTA EM HOSPITAL PÚBLICO.

Foto: Janaína Oliveira

O deputado Estadual Augusto Bezerra (DEM-SE) utilizou o grande expediente na tarde dessa segunda-feira para exibir novas denúncias sobre a situação caótica da saúde pública em Sergipe. Ele começou seu discurso falando que o que mais incomoda o governo do estado e seus correligionários no tocante às denuncias apresentadas em plenário pela oposição, é o caso do contrato 13/2010. Este diz respeito ao pregão presencial através do qual a saúde do estado adquiriu serviço de buffet e eventos.

“O governo precisa pedir desculpas ao povo pois com a saúde de péssima qualidade que presta, não poderia gastar tanto dinheiro com salgadinhos. Esta é a verdadeira razão de tudo que aconteceu nesta casa, as agressões que aconteceram aqui é porque não existe meia verdade” disse.

Augusto exibiu em plenário duas novas denuncias apresentadas pelas TV’s Atalaia e Sergipe neste fim de semana. Na primeira o triste caso de uma garotinha de oito anos que morreu na unidade pediátrica do Hospital Governador João Alves Filho. Sua família diz que a causa da morte foi erro médico porque a menina deu entrada no hospital com dor nos olhos, permaneceu lá por 14 dias e após tomar uma certa medicação veio a óbito.

MORTO VIVO - Outro caso chocante foi a de uma família que recebeu um telefonema do mesmo hospital avisando que o senhor Raimundo havia falecido. Quando foram fazer a identificação do corpo os familiares, revoltados, constataram que a pessoa morta não era o sr. Raimundo. Este permanecia internado na ala vermelha mas, em seu prontuário, estava escrito o nome de outra pessoa.

O caso é ainda mais grave porque, de acordo com o diretor do hospital, o caso não foi de grande gravidade. Infelizmente, no domingo pela manhã, o sr. Raimundo faleceu. Para AUgusto isso aconteceu porque, com a troca de prontuários o paciente deve ter recebido medicação trocada também. “Ele tomou remédio errado porque no prontuário estava o nome de outro. Sua família sofreu, comprou caixão, roupa para o enterro, suas filhas saíram de São Paulo para enterrar o pai que estava vivo. E o diretor dizer que esse não é um caso grave?” questionou o deputado.

APARTE - A deputada Goretti Reis (DEM) solicitou um aparte para dizer que ficou extremamente preocupada com o que ouviu do diretor do hospital. “Dizer que o que aconteceu não é nada demais? Troca de prontuário, de diagnostico, de medicamento, além do constrangimento passado pela família. Cadê o código de ética dos que administram a saúde em Sergipe?” perguntou a deputada dizendo ainda que esses acontecimentos graves estão sendo banalizados. Ela pediu a apuração do caso.

Augusto Bezerra finalizou seu pronunciamento afirmando que as pessoas não podem ser tratadas dessa maneira, pois procuram os hospitais para receber tratamento, não para morrer. “Pode ser até que os profissionais não consigam salvar a vida, mas é preciso oferecer cuidado e dignidade no atendimento” finalizou.

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