quarta-feira, 5 de maio de 2010

MINISTÉRIO PÚBLICO ESTADUAL DISCUTE VIOLÊNCIA NAS TORCIDAS ORGANIZADAS.

Com o intuito de dicutir Decisão Judicial da 12ª Vara Cívil da Comarca de Aracaju que inibe a presença de torcidas organizadas nas praças esportivas de Aracaju, reuniram-se em Audiência Pública, no último dia 04 , no Ministério Público de Sergipe, o Promotor de Justiça, Deijaniro Jonas Filho, da Curadoria Dos Direitos Humanos e Controle Externo da Atividade Policial, com representantes da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer, da Câmara de Vereadores, da Federação Sergipana de Futebol, representantes de Associações Esportivas e do policiamento local.

Desde a década de 1990, a rivalidade entre torcidas organizadas vem se agigantando e tornando cada vez mais frequentes os episódios dantescos de agressões e crimes, com várias mortes constatadas, segundo estatísticas apresentadas pelo Promotor Deijaniro Jonas Filho.

Ficou decidido na Audiência que, apesar de mantida a decisão que proíbe a entrada das torcidas organizadas nos estádios de futebol, será permitida a presença de grupos denominados “charangas”, desde que o presidente do clube assuma total responsabilidade pelo manifesto, garantindo a não veiculação com qualquer torcida organizada, bem como o cadastramento de cada um dos seus integrantes.

Os representantes da PM disseram que a liberação das “charangas” vai duplicar a violência e a venda e consumo de drogas durante as partidas de futebol e, com isso, a necessidade de duplicar o efetivo policial que já é pequeno no Estado.

Já o vereador Fábio Mitidieri se manifestou favorável a liberação das “charangas” e da regulamentação da torcida organizada, sendo inclusive autor de Projeto de Lei neste sentido, junto à Câmara de Vereadores.

O Secretário de Esprte e Lazer, Maurício Pimentel, um dos responsáveis pelo cumprimento da medida judicial, solicitou o apoio imprescindível da Polícia Militar e da Federação Sergipana de Futebol, e, comunicou que a Praça de Esportes Lourival Batista irá receber uma “charanga”, composta por oito instrumentos, com pessoas devidamente identificadas e de responsabilidade da Diretoria de time, durante cada jogo realizado.

Todos os que se pronunciaram a favor da liberação das ditas “charangas”, concordaram em rever suas posições caso sejam registrados novos conflitos reiterando os atos de violência constatados anteriormente.

Fonte: MP/SE

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