Em meio a tantos avanços e progressos na comunicação, na tecnologia, na educação, no mundo, ainda existem pessoas regidas por um sistema podre, cuja democracia chama-se ordem e poder. Em Sergipe esta dita democracia vem se alastrando cada vez mais entre aqueles que não cumprem o que “eles” querem. Um exemplo nítido está sendo vivido por líderes da classe militar sergipana. Homens que antes de serem policiais militares, são representantes da sua categoria. Pessoas que fizeram a diferença e não se somaram ao grupinho dos puxa-sacos do sistema.
Em 2009 Sergipe presenciou um dos maiores e mais fortes movimentos de trabalhadores. O Movimento “Tolerância Zero”. Ícone e exemplo de muitos outros movimentos no Brasil, o Tolerância Zero surtiu efeito entre os militares sergipanos. Um aumento salarial que aos olhos dos governantes foi maravilhoso, um dos melhores salários do nordeste, porém muito aquém dos salários bem merecidos dos policiais civis do mesmo Estado.
Para surpresa de muitos, hoje veio a confirmação através da publicação de um BGO(Boletim Geral Ostensivo), do regime ditador, medíocre e perseguidor em que vivemos. O sargento Jorge Vieira da Cruz um dos líderes do movimento, foi notificado da punição: cinco dias preso no Quartel da Polícia Militar de Sergipe.
Uma vergonha para a PM/SE e uma vergonha para o Governo desse Estado!
O sargento Vieira deve se apresentar no próximo dia 15 de junho de 2010, na sede do quartel para cumprir a ordem dos que agora mandam, mas que num passado não muito distante já levantou bandeiras e gritou por igualdade em praça pública.
Resta o repúdio da verdadeira democracia. E o desejo de que a sociedade e os miliatres desse Estado não compactuem com tamanha injustiça. Que esta punição venha simplesmente mostrar ao nosso povo, que estamos sendo regidos por um maestro de uma nota só, onde a arrogância supera todos os limites de cidadania, de amor ao próximo, de compaixão, de solidariedade e de respeito a profissionais que cercam de segurança as nossas vidas. Que o sargento Jorge Vieira da Cruz seja motivo de reflexão para o futuro da nossa sociedade sergipana.
Fonte: ABSMSE
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