terça-feira, 6 de julho de 2010

POLÍCIA CIVIL PRENDE ACUSADOS DE LATROCÍNIO EM LAGARTO.

Foto: Jadilson Simões

Investigações da Polícia Civil de Lagarto apuraram que na segunda-feira, dia 28, José Roberto Fraga, mais conhecido como “Zé de Pedro de Xiu”, estava em sua residência, no Povoado Laranjeiras, zona rural de Lagarto, quando, por volta de 19h, no instante em que soltava um animal num pasto, foi surpreendido por três homens encapuzados. Os homens estavam armados com duas armas de fogo, anunciaram o roubo e passaram a exigir dinheiro da vítima.

Logo após ser rendido, José Roberto foi encaminhado para o interior da casa, onde, logo na entrada, dois bandidos renderam sua esposa, Maria Augusta da Cruz Fraga, deixando ambos na sala. Nesse mesmo momento, um filho do casal, de 16 anos, saiu do quarto e também foi rendido.

Os marginais iniciaram uma sessão de tortura na casa contra o casal e o filho, com o objetivo de conseguirem algum dinheiro. A partir de então, a família passou a ser coagida a entregar dinheiro aos criminosos, que imaginavam encontrar considerável quantidade pelo fato da vítima ser um pequeno comerciante de farinha.

Logo após o crime a equipe de investigações da Delegacia Regional de Lagarto, sob a coordenação do delegado Regional Hildemar Rios, passaram a investigar as circunstâncias do fato criminoso. Realizadas algumas diligências, os investigadores chegaram à informação de que os autores do crime estavam alojados na casa de uma mulher, traficante no Povoado Brasília e que um dos bandidos estava ferido. Assim, após identificarem a casa, na tarde de sexta-feira, dia 2, os policiais seguiram ao local e encontraram o pedreiro Adriano Santos da Hora, 21 anos, além de um adolescente de 16 anos.

De acordo com o delegado Jonathas Evangelista, coordenador operacional da Coordenadoria das Delegacias do Interior (Copci), na residência foram apreendidos objetos roubados, roupas e um capuz utilizado pelos autores para praticar o crime, além de dez pedras de crack prontas para serem comercializadas. Além de Adriano e do adolescente, no local também estavam a proprietária da casa, Rejane de Andrade Rodrigues e algumas outras pessoas que foram encaminhadas à Delegacia para prestar depoimento.

Durante a noite de sexta e a madrugada do sábado, foram colhidos os depoimentos das pessoas que estavam na casa, e na mesma oportunidade os autores foram interrogados, chegando-se, então, à completa elucidação do crime. A partir desses depoimentos, as equipes de investigação chegaram ao nome de João José da Silva, mais conhecido como João Major, 51 anos, que, além de ter sido o autor intelectual, também acompanhou os outros dois na execução do delito. Ainda segundo as investigações, João Major chegou a ser reconhecido pelo comerciante.

Uma informação levantada pela Polícia Civil é que “João Major” chegava a ser parente distante da vítima, sendo que tal fato pode ter motivado a sua execução. Dando continuidade aos trabalhos, por volta de meio-dia desta segunda-feira, dia 5, policiais civis de Lagarto efetuaram a prisão de João Major em Aracaju, que foi capturado no Centro da cidade, nas imediações da rodoviária velha.

O delegado Hildemar Rios, da Regional de Lagarto, destacou que o resultado positivo das investigações deve-se ao empenho dos policiais que integram a Delegacia de Lagarto, à atuação do Ministério Público e do Judiciário estaduais, e sobretudo do apoio recebido da população de Lagarto, que realizou várias denúncias.

No decorrer da sessão de tortura, os bandidos ameaçaram cortar a orelha do filho da vítima. Os autores ainda ameaçaram cortar a orelha do filho do casal e ameaçou todos de morte, caso eles não lhe entregassem mais dinheiro. Como a vítima não possuía mais dinheiro em casa além de aproximadamente R$ 440,00; que já havia sido subtraído, os bandidos passaram a atirar na vítima, atingindo-a por cerca de três disparos. Após consumarem o crime, os autores fugiram do local por dentro do mato.

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