quarta-feira, 20 de outubro de 2010

"FALTAM MEDICAMENTOS NO POSTO DE SAÚDE DO SANTOS DUMONT", DIZ NITINHO.

Foto:  Alberto Dutra

Ao fazer uso da palavra na tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), na manhã desta quarta-feira, 20/10, o vereador Nitinho (DEM) informou aos demais parlamentares como foi a visita feita ao posto de saúde José Machado de Souza, localizado no bairro Santos Dumont. O demista afirmou que os funcionários do posto informaram que o maior problema é a carência de medicamentos, mas que também falta material de escritório. "Por conta disso é que os profissionais da saúde não conseguem atender bem aos pacientes. Muitas vezes a culpa não é deles, mas sim das falhas no sistema", disse Nitinho.

Na opinião do parlamentar, qualquer que seja a necessidade do usuário no posto José Machado, será difícil encontrar estrutura para o atendimento. O vereador atribui os problemas na saúde pública à má administração dos recursos e, sobretudo, à corrupção por parte dos gestores, profissionais e até usuários. "Reconheço que as falhas não são somente ocasionadas pelo governo municipal. Também existem funcionários que levam material para casa e pacientes que usam sua influência com alguém do posto para conseguir encaixar uma consulta ou exame, enquanto outros chegam mais cedo ao posto para solicitar a mesma coisa e tem que aguardar meses pela consulta ou procedimento médico", ressaltou.

Em razão dos aspectos ressaltados, Nitinho sugeriu a criação de mecanismo que combata a corrupção, que seja feito o controle da entrada e saída de medicamentos na Secretaria Municipal de Saúde (SMS) . Ele sugeriu ainda que as notas de tudo o que for comprado pela prefeitura, destinado a área da saúde, passe pela CMA. "E o envio das notas deveria ser obrigatória. Tenho certeza que se fizermos isso, a coisa será diferente", falou.

Em aparte, o vereador Jailton Santana (PSC) disse que recebeu de um médico que atende nos hospitais da zona norte e zona sul da capital, email informando que nas unidades faltam vários medicamentos. "Entre os medicamentos que estão em falta ele citou diazepan, decadron, solutropref, isordil, profenid, hidróxido de alumínio, dipirona e até AAS. A situação não pode permanecer assim, deste jeito fica difícil os médicos continuarem atendendo bem", abordou.

Retomando a palavra, Nitinho alertou que a situação chegou ao extremo de os profissionais recorrerem a todos os órgãos públicos possíveis para tentar mudar este quadro. "Outro exemplo do descaso com a saúde é que alguns hospitais privados estão prestes a serem fechados porque a secretaria não está pagando os convênios e fornecedores. A situações tomou proporções tão gigantescas que o Ministério Público Estadual irá promover uma audiência pública", indagou.

O vereador Elber Batalha Filho (PSB), em aparte disse concordar que a saúde pública não está boa e que irá receber qualquer reclamação do povo e colegas parlamentares para transmiti-las ao prefeito Edvaldo Nogueira (PCdoB). "Vou recebê-las de coração aberto e procurarei saber qual a razão das mazelas, para posteriormente manter o prefeito ciente da situação", frisou.

Elber salientou que existem ocasiões onde os próprios funcionários deixam de se organizar para melhor prestarem o atendimento aos pacientes. "Cito o exemplo da campanha de vacinação contra a gripe A. Em um posto a fila estava muito grande e em dado momento a vacina havia acabado. Por conta disto, a confusão foi formada e pessoas disseram que iam quebrar tudo no posto. Isso poderia ser facilmente resolvido se um dos servidores solicitasse mais vacinas, quando percebesse que estava acabando, pois, para estas ocasiões, tem um carro térmico na rua para transportar as doses de vacina", exemplificou.

Ao final de seu pronunciamento, Nitinho informou que amanhã às 6 horas irá visitar um posto de saúde no bairro Soledade e convidou os vereadores Dr. Gonzaga e Elber para fazer companhia. Em resposta ao demista, Dr. Gonzaga confirma sua presença e pediu aos parlamentares que não utilizem a tribuna da CMA como se fosse palanque de campanha política. "Todos nós atuamos e fazemos cobranças. Não devemos utilizar estes assuntos como meio de promoção", completou.

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