O vice-líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Augusto Bezerra (DEM), ocupou a tribuna na tarde de hoje (06), para cobrar do governo do Estado a conclusão da obras de recuperação, automação e ampliação dos Sistemas Integrados das Adutoras do Alto Sertão e Sertaneja. O democrata ressaltou que a obra estava prevista para ser concluída em fevereiro de 2008.
Augusto destacou uma representação do deputado federal José Carlos Machado (DEM) cobrando do Tribunal de Contas (TCE) informações sobre a obra. “Estamos acostumados com estas discussões aqui na Casa sobre a falta de água no sertão. Mas este é um tema que já perdura mais de 50 anos. Basta parar de chover dois meses que já dizem que não tem água na região. Quem critica esta realidade hoje são as mesmas pessoas que há quatro anos diziam que iam resolver o problema”.
Em seguida, Augusto Bezerra fez uma análise sobre a licitação para a obra das Adutoras do Alto Sertão e Sertaneja que, segundo ele, “foi uma das maiores já feitas em Sergipe. Em quilômetros nosso Estado tem mais adutoras do que estradas. No nordeste é disparado o Estado mais servido de adutoras, desde o governo visionário de Augusto Franco. Se ele não tivesse feito mais nada, já seria um homem abençoado. Depois dele veio João Alves com a duplicação da adutora, trazendo água de Propriá a Aracaju. além da sertaneja e do alto Sertão”.
Dando continuidade ao seu pronunciamento, Augusto Bezerra lembrou as perseguições do presidente Lula ao governo de João Alves. “Sem recursos, graças a esta perseguição, João Alves percebeu que as adutoras do Alto Sertão e Sertaneja já não supriam a necessidade e assinou a ordem de serviço. Foi aberta uma concorrência pública internacional em 2005, que foi vencida pelo consórcio Construtora Celi e Imobiliária Rocha Ltda. O contrato foi firmado pela Seplan e assinado em 12 de dezembro de 2006. Havia dinheiro em caixa e era só Marcelo Déda (PT) assumir o governo e fazer a obra”, argumentou.
“O prazo de conclusão da obra era de 14 meses e a ordem de serviço foi assinada em 27 de dezembro de 2006. Uma obra nas mãos de uma construtora séria, que é reconhecida e respeitada em Sergipe. Já deveria ter sido entregue em fevereiro de 2008, com o sertão abarrotado de água. Essa ordem de serviço só foi entregue porque havia dinheiro em caixa. O valor da obra foi de R$ 36,6 milhões. Nós estamos em dezembro de 2010 e o prefeito de Poço Redondo vem à tona com a mesma ladainha. E esse pessoal tem que vir a público e reclamar porque esta obra ainda não foi concluída até agora”, completou o democrata.
Por fim, Augusto Bezerra ressaltou a denúncia feita por José Carlos Machado ao procurador geral do Ministério Público Especial do Tribunal de Contas, João Augusto Bandeira de Mello. “O governo tem que explicar porque esta obra não está pronta até hoje! Não tem água em canto algum, atualmente, e os carros-pipa estão de volta. Queremos saber o que foi feito com o dinheiro e porque o contrato não foi cumprido”, completou.
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