quarta-feira, 7 de maio de 2014

RENILSON AFIRMA QUE CLÍNICA UNICAT SE RECUSA A FAZER ATENDIMENTO A PLANO DA UNIMED.

“O povo está sendo desrespeitado por clínicas particulares e planos de saúde”, foi com esse desabafo que o vereador Renilson Félix (DEM) usou a Tribuna da Câmara Municipal de Aracaju (CMA), durante Sessão Plenária desta quarta-feira, 7/5. O parlamentar afirmou que esteve na clínica Unicat, localizada na Avenida Nova Saneamento, no Bairro Luzia, Zona Sul da capital, para passar por atendimento médico, no entanto, apesar da unidade de saúde e do médico serem credenciados pelo plano Unimed, ambos recusaram o atendimento.

“O médico Maurício Pacheco, um dos melhores do Estado é credenciado, mas não quis atender pelo plano. Tive que pagar R$ 200 para ser atendido”, disse. Renilson, que afirma ter mais de 20 anos de Unimed, ressaltou ainda que após a consulta, ao tentar fazer os exames, foi surpreendido com a notícia de que a clínica também não iria realizar o procedimento pelo plano. “Fui informado que se quisesse fazer os exames teria que pagar quase R$ 400. Perguntei se a clínica era conveniada com a Unimed e disseram que sim, mas que não iriam fazer por ela”, completou.

Inconformado com a negativa, o vereador disse que procurou o responsável pela Unicat. “Fui destratado por um funcionário arrogante que disse que eles não iriam fazer pela Unimed e ponto e que, se eu quisesse ser atendido, teria que pagar. Eles alegaram que o exame não ia ser feito lá, porque era caro. Disseram que só fazem o que querem. Você paga caro pelo plano e não pode usar?”, questionou. 

Mesmo com a negativa da clínica Renilson afirma que teve que desembolsar R$ 700 com a consulta e procedimentos. “Graças a Deus eu tenho condições para isso, mas se fosse uma pessoa simples que não tivesse como seria? É um cúmulo a irresponsabilidade de alguns médicos que brincam com a vida do cidadão. A clínica não respeita o que o homem tem de mais importante que o direto à vida”, desabafou.

Renilson pediu para que o Legislativo Municipal tome atitude no sentido de fazer com que a população não continue sendo desrespeitada. “Além disso, o Ministério Público, a Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e as autoridades do Estado devem se posicionar em favor da população. Se essas clínicas e médicos não querem atender pelo plano, que peçam descredenciamento e não continuem brincando com o povo”, ressaltou. 

“Como é que uma clínica se recusa a atender pacientes com plano de saúde porque o valor que o plano paga não é o que ela quer? Se fosse no serviço público estavam nos rádios e na imprensa fazendo o maior barulho”, disse.

Em aparte, o vereador e médico Dr. Agnado (PR) afirmou que tem recebido as mesmas queixas. “A Unimed tem tido dificuldades financeiras, mas isso não pode afetar a relação entre segurado e clínica. Quanto à recusa de realizar alguns procedimentos, as clínicas mantêm o plano porque alguns itens são interessantes e outros não. Elas permanecem com alguns exames e isso, pela lei, não pode. Têm que cumprir o que determina o contrato. Quem não pode sofrer é o segurado do plano. Se eu pago, a unidade de saúde tem obrigação de fazer. Se não querem, que peçam o descredenciamento”, afirmou.  

Para o vereador Emmanuel Nascimento (PT), é obrigação do Parlamento Municipal mostrar repúdio com a atitude da Unicat. “Essa Casa tem que se manifestar. A Unicat deveria receber requerimento de repúdio por agir dessa forma, A CMA tem que ser radical em defesa do povo de Aracaju. Esses planos de saúde mangam da cara do povo e não podemos aceitar isso”, esbravejou.

O vereador Pastor Roberto Morais (SDD) apoiou o posicionamento de Emmanuel. “Precisamos nos unir para que situações como essa não voltem a acontecer. Esse é reflexo da falta de um serviço de saúde de qualidade no Estado”, disse.

Já o vice-líder do prefeito na CMA, Anderson de Tuca (PRTB) afirmou que esse desrespeito, infelizmente, é comum. “Já passei por situação parecida. É lamentável enfrentarmos isso. Pagamos caro pelo plano e somos desrespeitados dessa forma. Estou empenhando e que essa Casa tome atitude para que os planos de saúde não façam o que querem”, assegurou.

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