segunda-feira, 3 de agosto de 2009

ESCOLAS MUNICIPAIS DE ARACAJU PEDEM SOCORRO.

Vários estabelecimentos, entre eles, a escola mais tradicional de Aracaju, a Presidente Vargas, estão precisando de reformas urgentes

Quem nunca saiu em defesa de uma escola pública de qualidade? Na rede municipal de ensino de Aracaju, a realidade está bem longe, o que vem causando estresse a toda a comunidade estudantil por conta do abandono em vários estabelecimentos. Na maior escola municipal, a Presidente Vargas, a situação é cada vez mais crítica. De um lado, o Sindicato dos Professores do Município de Aracaju (Sindipema), cobra providências. Do outro, a Secretaria de Educação (Semed), garante que estão sendo investidos cerca de R$ 10 milhões na reforma dos prédios. No meio, centenas de alunos, pais e professores desolados.

Presdente Vargas é uma das escolas mais destruídas/Fotos: Aldaci de Souza

Na Escola Presidente Vargas (no bairro Siqueira Campos), estudam 1. 100 alunos nos três turnos, sendo 60% no período da manhã. Sem passar por uma reforma há vários anos, o prédio mostra os sinais de destruição, constatados já na entrada do estabelecimento. O muro pichado, o nome quase escondido, o mato e as infiltrações nas paredes da recepção denunciam o que virá pela frente.

Banheiros sem portas

Ao entrar na escola, a reportagem do Portal Infonet foi recebida com indignação por parte de professores, funcionários e principalmente dos estudantes. “Mostre meu filho, o banheiro que você não tem coragem de entrar”, afirma uma servidora a um adolescente que serviu de guia e começou justamente pelos sanitários. Sem portas, vasos danificados, paredes pichadas e pias sem cubas.

Pias sem cubas

Sem condições de uso

“Quem se habilita a usar um sanitário sem portas e com pias nessas condições?”, diz o pequeno guia a quem o chamamos de João Pedro (nome fictício). Na quadra, uma situação desoladora: apenas deram uma mão grosseira de tinta no chão e o matagal cresce livremente, o que acontece também na lateral da escola, facilitando a entrada de marginais.

“Recentemente, os ladrões entraram, quebraram os vidros da vitrine de troféus e levaram vários. Veja a situação das carteiras. Os bebedouros e ventiladores não funcionam e quando chove a gente se molha por não existir mais janelas em várias salas”, continua o pequeno João Pedro, mostrando com tristeza, a cantina desativada.

Alagamentos

Infiltrações na recepção

Os alunos Fernando Santos e Maira de Jesus afirmaram que quando chove, os alagamentos são constantes. “Já pensou você estar na sala e ficar toda molhada porque a escola não tem estrutura?”, lamenta Maíra. ‘Pra mim o pior mesmo são os banheiros. Não tem como usar’, complementa Fernando.

Escola atraente

A presidente do Sindipema, Maria Elba da Silva Rosa, informou que a entidade está fazendo um levantamento para mostrar a situação à sociedade. “A população precisa ter conhecimento que a educação é um direito. Quando se fala na qualidade do ensino, pensa-se que o professor não faz o seu papel, mas a escola tem que ser algo atraente, tanto no conteúdo, quanto na aparência. O aluno tem que se sentir à vontade”, entende Maria Elba.

Ela ressaltou que há muito tempo o sindicato vem lutando pela melhoria das condições de trabalho nas escolas da rede municipal de ensino. “Estamos lutando para que a Prefeitura de Aracaju passe a olhar pelas escolas. Para se ter uma idéia, a maior escola, que é a Presidente Vargas, está caindo aos pedaços. As instalações físicas precisam de reformas urgentes e a Prefeitura de Aracaju não tem feito nada”, lamenta a sindicalista.

Mais problemáticas

Entre os estabelecimentos relacionados pelo Sindipema e que mais apresentam problemas na estrutura física estão, além da Presidente Vargas, as escolas: Diomedes Silva, no bairro Santa Maria; Emei Áurea Zamor, no conjunto Orlando Dantas; Emei Francisco Rollemberg, no conjunto Inácio Barbosa; Carvalho Neto, no bairro Novo Paraíso, Elias Montalvão, no povoado Areia Branca e a Escola Tancredo Neves, no bairro Luzia.

Investimentos garantidos

A secretária municipal de Educação, Tereza Cristina Cerqueira da Graça, informou que o prefeito Edvaldo Nogueira anunciou recentemente a destinação de cerca de R$ 10 milhões para serem investidos na reforma das escolas. E que as obras dependem ainda de processo de licitação.

“O prefeito Edvaldo Nogueira reuniu representantes da Semed, da Emsurb, Emurb para discutir o assunto. A gente fechou com ele uma lista de reformas que vão começar nos próximos dias, a exemplo da Elias Montalvão, localizada no Povoado Areia Branca”, explica a secretária.

Segundo ela, a D. Avelar, localizada no conjunto Bugio, está faltando apenas abrir a licitação. “A Escola José Augusto Savazini, localizada no bairro Cidade Nova já está pronta para licitar”, garante.

Escolas beneficiadas

Tereza Cristina citou uma relação de escolas que serão reformadas, a exemplo da Olga Benário, Teixeira Lotti, Tancredo Neves, Orlando Dantas, Alencar Cardoso, Anísio Teixeira, Alcebíades Melo, Letícia Santana e Sérgio Francisco Silva, inclusive a Presidente Vargas, escolhida pela Infonet para mostrar a realidade.

“Todas elas estão na relação. Estamos concluindo a reforma da Professora Maria Givalda Silva, no bairro Soledade e da Tênisson Ribeiro, no Mosqueiro”, afirma.

Fonte: Infonet

2 comentários:

  1. e uma pena uma escola que esta localizada em um bairro nobre como o siqueira se encontrar nessas condicoes eu estudei nessa escola no ano de 1989 ate 1991 e hoje quando vejo a escola vi que nao mudou nada e reforma nao precisa esta precisando e ser reeconstruida e olha que o governo de aracaju tem dinheiro pois sao muitos os impostos que sao arrecadados meu nome e silvania rodrigues santos

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