quarta-feira, 4 de novembro de 2009

DEPUTADO GILMAR CARVALHO QUER LEVAR VÍTIMA DE RACISMO PARA FALAR NA COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS DA ASSEMBLÉIA LEGISLATIVA.

Foto: Maria Odília

Na sessão de hoje, 4, o deputado estadual Gilmar Carvalho (PR) apresentou requerimento convidando o funcionário de uma empresa aérea Diego José Gonzaga dos Santos para ser ouvido pelos deputados na Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa. Diego foi vítima de racismo pela médica Ana Flávia Pinto, na semana passada. O parlamentar disse que na manhã desta quarta-feira comentou em seu programa de rádio que, se no aeroporto a médica foi capaz de dizer tudo o que disse ao rapaz, imagine o que ela não é capaz de dizer nos postos de saúde, onde estão as pessoas que não são, segundo a sua avaliação, iguais a elas, que são pessoas do povo.

“Fiquei muito preocupado com o depoimento de Diego, pois hoje ele disse que antes das imagens que foram exibidas ela, segundo a vítima, disse que ele tivesse cuidado, pois se caísse em suas mãos poderia morrer. E Diego disse que poderia apresentar testemunhas. Isso é extremamente grave”, revelou Gilmar.

O deputado Gilmar Carvalho disse que gostaria de saber qual é o posicionamento do Conselho Regional de Medicina de Sergipe (Cremese) diante desta situação, pois foi exibida negativamente para o país inteiro e em alguns países a imagem dos médicos do Estado. “Qual é a posição do Sindicato dos Médicos de Sergipe? Ou sindicato é apenas para reivindicar melhores salários? E a relação do profissional com o povo”, questionou, reconhecendo, no entanto, que a imagem da maioria dos médicos de Sergipe é de sacerdócio à profissão.

Ele também se posicionou contrário à postura do delegado de polícia Washington Okada, que atendeu o caso, que, segundo Gilmar Carvalho, diante de uma demonstração de crime racial não teve a coragem de cumprir o seu dever e mandar prender a médica, pois racismo é um crime inafiançável. “Ele ficou em dúvida. Não sei se a dúvida existiria se não se tratasse de uma médica muito bem relacionada na sociedade sergipana”, finalizou Gilmar Carvalho.

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