segunda-feira, 17 de agosto de 2009

DEPUTADO AUGUSTO BEZERRA QUESTIONA CONTRATO ENTRE O GOVERNO DO ESTADO E EMPRESA DE SEGURANÇA.

O deputado estadual Augusto Bezerra (DEM) ocupou a tribuna na tarde desta segunda-feira (17) para questionar o contrato entre o governo do Estado e a empresa de segurança Brava. O democrata atendeu a uma comissão dos agentes de segurança do Cenam que ocuparam as galerias da Casa para cobrar o apoio dos deputados. Augusto Bezerra lamentou que, além de não reajustar os salários dos servidores, o governo ainda firmou um contrato com a empresa terceirizada para garantir a segurança dentro da Unidade de Cumprimento de Medidas Socioeducativas.

“Nós sabemos das dificuldades que esses homens enfrentam, em termos de salários e de condições de trabalho. Eles se expõem muito, têm um trabalho complicado e é bom que se frise que este trabalho não pode ser executado por qualquer pessoa e sem o devido trabalho. O pior é que o Estado fez um contrato com a empresa de segurança Brava para exercer esta função dos agentes de segurança que estão em greve, medida que é proibida constitucionalmente”, denunciou o democrata, revelando que vai formalizar um convite ao presidente da Fundação Renascer, José Gicelmo Albuquerque, para que o mesmo venha à AL e explique o porquê de não ter levado as reivindicações da categoria ao governo e porque foi conivente com a contratação da empresa de segurança. O deputado também vai buscar o apoio da Comissão de Direitos Humanos da Casa para analisar a questão.

Augusto Bezerra continuou criticando a medida do Estado e disse que os agentes de seguranças são treinados para recuperar os jovens infratores que estão no Cenam e não para agredi-los. O deputado disse ainda que o Estado tem que parar de ficar fazendo promessas e começar a trabalhar. “Tenho em mãos aqui a notícia de que Sergipe terá uma nova unidade de internação. Isso foi divulgado há quase um ano, em outubro de 2008. A verba total para o investimento era de R$ 6,4 milhões, sendo R$ 5,4 milhões de convênio com a Secretaria Especial de Direitos Humanos do Ministério da Justiça e R$ 1,8 milhão de contrapartida da Secretaria de Inclusão Sócia. O detalhe é que até agora nada foi feito”, criticou.

O vice-líder da oposição na AL foi ainda mais longe e dirigiu seus ataques para o presidente da Fundação Renascer, José Gicelmo Albuquerque, que, segundo ele, já foi o grande incentivador dos movimentos da categoria. “Hoje ele autoriza a saída de todo mundo da direção do Cenam, deixando apenas os agentes de segurança sócioeducativos lá dentro com o objetivo de em caso de um conflito ou de fugas, eles serem responsabilizados. O governo deveria era valorizar estes profissionais, com bons salários e cursos de atualização. Mas eles preferem contratar uma empresa de segurança e colocar homens fortemente armados, acostumados a impedir a ação de bandidos em bancos, para cuidar dos internos. O sindicato da categoria tem que entrar na Justiça para retirar essa empresa de lá, a mesma empresa da Bahia que toma conta do presídio terceirizado da Terra Dura e que ocupa espaços em outras áreas que eram de responsabilidade de empresários sergipanos”, lamentou.

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