segunda-feira, 17 de agosto de 2009

TARIFA DE ESGOTO EM SERGIPE É UMA DAS MAIS CARAS DO PAÍS.

No que se refere à questão ambiental, pelo menos duas questões são prementes para os gestores dos grandes centros urbanos: a garantia do fornecimento de água potável frente ao crescimento constante da população e o que fazer com o resultado do uso dessa água, o esgoto.

O homem retira a água dos rios e dos lençóis freáticos e a devolve em forma de esgoto, contaminando-os. Mal geridas, ambas as ações colaboram diretamente para a degradação da natureza e o conseqüente esgotamento dos recursos naturais.

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Trata Brasil em parceria com o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Opinião Pública e Estatística (Ibope) apresentou números nenhum pouco confortáveis para a região Nordeste: 34% dos entrevistados disseram insatisfeitos com os serviços de saneamento básico oferecidos pelo poder público na Região.

Em Aracaju, o percentual de satisfação se repete. Não é para menos, o levantamento concluiu que apenas 34% da população da capital sergipana tem acesso ao tratamento de esgoto. A cidade ficou apenas na 58ª posição no ranking entre as cidades pesquisadas, com percentual de 35% na oferta de esgoto tratado por volume de água consumido. É um dado alarmante.

Para piorar a situação, nossa tarifa de esgoto é das mais caras do país (R$ 2,54 por metro cúbico ofertado), ficando atrás apenas de cidades desenvolvidas localizadas nas regiões Sudeste ou Sul, a exemplo de Joinvile, em Santa Catarina (R$ 2,63), Belo Horizonte (MG) (R$ 2,88) e Canoas, no Rio Grande do Sul (R$ 3,94).

Se nem mesmo bairros nobres de Aracaju como Jardins, Garcia e 13 de Julho possuem esgoto tratado pela Deso, imagine-se o que acontece com o esgoto produzido na periferia da cidade. Não há rio que suporte o lançamento desses dejetos, durante anos, cada vez mais volumosos.

A Deso defende-se informando que existem quase R$ 100 milhões em obras – em execução ou em projetos – de curto e médio prazos. Mas, infelizmente, tratam-se de obras que não são vistas pela população ou sem garantia de que serão realizadas. Até porque elas virão, se vierem, com pelo menos 50 anos de atraso.

Fonte: Jornal do Dia

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