segunda-feira, 24 de agosto de 2009

GOVERNADOR MARCELO DÉDA AFIRMA QUE JOÃO ALVES QUER DAR UM GOLPE PARA VOLTAR AO PODER.

Governador atribuí ação para cassá-lo ao adversário, e diz que lhe falta ética enquanto líder

Na manhã de hoje, segunda-feira, dia 24, o governador Marcelo Déda (PT) voltou a acusar o ex-governador João Alves Filho (DEM) de querer reassumir o governo aplicando um golpe para tomar o mandato que Sergipe lhe confiou nas urnas, em 2006. Déda enxerga João Alves como o mentor intelectual de uma ação que será julgada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), nos próximos dias, e pode resultar na cassação do seu mandato.

"Volto a repetir diante de Deus e dos homens: o autor deste processo de cassação é João Alves Filho. Caiu a máscara agora. Ele quer revogar no tapetão a vitória que o povo me deu nas urnas. Conquistei este mandato com luta. E vou mantê-lo com luta", disse o governador.

Déda lembrou que nada em sua vida foi conquistado sem trabalho. "Tudo com luta. E acredito muito na Justiça Eleitoral. Seria um escândalo que inaugurações inviabilizassem a minha manutenção no cargo", disse, indagando como ficariam Dilma Rousseff, José Serra e Aécio Neves.
"Seriam cassados também? Aécio disse aqui em Aracaju que estava em campanha. Então, vamos ter clareza: o que há por trás disso é um golpe", disse, explicando que era prefeito de Aracaju, quando inaugurou as obras.

Segundo Déda, João Alves e os seus aliados construíram uma tese transformando em crime eleitoral o que, na verdade, é até uma obrigação primária de qualquer prefeito: inaugurar obras. "Aí alguns dirão: ‘mas será que o doutor João faria isso'? Eu vou chamar a testemunha mais eloquente que eu posso ter: Gilmar Carvalho, que no governo de doutor João teve o seu mandato ameaçado de cassação", disse Déda.

O governador sustentou que o ex-governador João Alves mobilizou a Assembleia Legislativa para não apenas tomar o mandato de Gilmar Carvalho, mas também para retirá-lo da vida política. "Ou eu estou mentindo? Gilmar não teve que renunciar? É novidade que o DEM faça isso? Não. O DEM é descendente da Arena, que apoiou o Golpe Militar. Ele (João) está recordando o seu passado na Arena", acredita.

O governador disse ainda que João Alves adotou o discurso de derrotá-lo nas urnas, agora, porque sabe que se ele, Déda, for cassado haverá novas eleições. "Mas chegou a dizer no sertão que assumiria o governo. Tem entrevista gravada com ele dizendo que iria assumir. Mudou quando ele leu o parecer falando em novas eleições", afirmou o governador.

Sobre a aliança João/Albano, o governador observa que houve uma festa com a presença de José Serra e Aécio Neves, no último final de semana, para que fosse anunciada "uma grande novidade". "A mesma novidade que anunciaram no ano de 1982, quando eu tinha 22 anos, e olha que farei 50 no próximo ano: a chapa é João e Albano. É a grande novidade que a direita tem a oferecer ao nosso povo. A grande alternativa para substituir Déda e os seus aliados", disse Déda.

Questionado sobre o seu desejo (público) de ter Albano Franco em seu palanque, o governador admitiu querer todos ao seu lado. "Eu convidei Albano Franco e disse que ele não poderia continuar como membro de uma dupla parecendo Chitãozinho e Xororó. precisava evoluir. Tenho o maior respeito pelo doutor Albano. É meu amigo", disse.

O governador lamentou ainda as declarações do ex-governador João Alves no sentido de incentivar os prefeitos a permanecerem ao lado do atual governo, com o objetivo de conseguirem benefícios para os seus municípios, mas, no momento das definições para as eleições de 2010, passarem para o lado do grupo que faz oposição a este mesmo governo.

"Veja o que é o atraso na política. Veja o que doutor João Alves tem a oferecer aos jovens. A filosofia da trapaça. A política como instrumento de enganação. Veja um líder dizer que os seus aliados estão dentro do governo, mas depois estarão com ele. Veja qual é a avaliação que ele tem do caráter dos aliados. Eu prefiro acreditar nos meus aliados", disse Marcelo Déda.

O governador argumenta que na política nova do século XXI o papel do líder não pode se retingir a ganhar voto. "É isso que doutor João não entende. O papel do líder é fazer a educação política da massa. É elevar a qualidade política do debate, e contribuir para que a população avance em direção a um novo tipo de política. A política do doutor João está ainda no século XX, com ecos do século IXX. Que ética tem este líder para o século XXI?", indagou.

Fonte: Universo Político

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