quarta-feira, 5 de agosto de 2009

HOSPITAL DE URGÊNCIA DE SERGIPE TEM 10 DIAS PARA FAZER AJUSTES.

A direção do Hospital de Urgência de Sergipe tem 10 dias para reparar inadequações sanitárias e apresentar ao Ministério Público Estadual (MPE), um relatório com todas as medidas que foram tomadas de imediato para solucionar problemas de inadequações sanitárias no setor de radiologia e Pronto Socorro da unidade. A determinação foi dada ontem, (4), durante uma audiência pública realizada na Promotoria de Saúde do MP, depois de várias denúncias recebidas.

A falta de manutenção, ausência de equipamentos e de profissionais para atender os pacientes de alto risco estão entre as denúncias recebidas pelo MPE, conforme destacou a promotora de Justiça Miriam Tereza Cardoso Machado. ”As macas ficam muito próximas e as pessoas ficam expostas umas às outras. A gente entende que a Vigilância Sanitária tem que trabalhar dentro do que é plausível, mas enquanto isso, sabemos que as pessoas morrem ali dentro”, ressaltou ela.

“Não tem pessoal para atender. Então as pessoas vão para lá para morrer. Quanto à falta de equipamentos, ou o hospital compra outros, ou compra o serviço terceirizado. Mas, a situação não pode ficar do jeito que está”, advertiu a promotora. Mesmo com a situação exposta pela promotora agravada pela superlotação, a diretora clínica do Huse, Lícia Diniz, alegou que o atendimento de urgência melhorou no hospital do Estado.

“Estou na unidade há quatro anos e já vi gente morrer nos boxes sem nenhum atendimento médico. Hoje, o serviço está mais transparente. Estamos caminhando para uma situação melhor. Hoje, o paciente está tendo atendimento. A gente consegue levar a demanda. Mas, a superlotação é que é o problema”, justificou Diniz.

No entanto, conforme relatou Miriam Tereza, as inadequações sanitárias e a superlotação do HUSE vão muito mais além. Os médicos plantonistas também contribuem para o agravamento da situação na hora da troca de plantões, que não é respeitada pelos profissionais. Muitos faltam, ou não chegam no horário e o que está no lugar não cobre o plantão do outro e vai embora, deixando a unidade sem atendimento.

Para a promotora, a coordenação não pode deixar que o profissional dite as regras. A “Coordenação é que tem que fazer isso. Mas, acredito numa melhora. Nós estamos sempre aditando medidas e correndo atrás para cobrar”, disse ela. As denúncias de inadequações sanitárias na unidade foram confirmadas através de inspeções realizadas pela Vigilância Sanitária. “A gente quer que o hospital se adeque para que não ponha a população em risco”, declarou a promotora.

Fonte: Jornal da Cidade

Nenhum comentário:

Postar um comentário