Foto: Edinah Mary
Fortalecer a participação social no planejamento, gestão e operacionalização do Sistema Nacional de Defesa Civil (Sindec), além de discutir e elaborar propostas para a construção de políticas públicas que serão apresentadas na Conferência Nacional da Defesa Civil. Estes são os objetivos da 1ª Conferência Estadual de Defesa civil realizada nesta quarta-feira, 3, no auditório do Centro de Convenções, em Aracaju.
Após a leitura, discussão e aprovação do Regimento Interno, a representante da Secretaria Nacional de Defesa Civil, a tenente-coronel Danielle Cunha, palestrou sobre a importância da participação comunitária no combate e prevenção de desastres. Danielle elogiou a iniciativa do Estado e destacou que Sergipe registrou, proporcionalmente, o maior número de conferências municipais de Defesa Civil, num total de 29.
"Além do sucesso nos municípios, Sergipe já cumpriu o objetivo da fase nacional, que era mobilizar a sociedade em torno do tema para as discussões que acontecerão entre os dias 23 e 25 de maço em Brasília. O Estado, inclusive, já criou coordenadorias municipais, o que é de fundamental importância. A Conferência já garantiu o início do processo de uma cultura de proteção e prevenção de Defesa Civil", avaliou Danielle.
A representante da Secretaria Nacional de Defesa Civil orientou a discussão dentro dos eixos temáticos propostos, principalmente nas ações de defesa civil e assistência humanitária. "O meu papel é motivar esses diálogos para que os delegados escolhidos a partir daqui possam estar melhor preparados para a etapa nacional. Estou feliz em observar como a Conferência de Sergipe foi tão bem realizada. Na verdade, estou com a sensação dever cumprido", relatou.
Para o coordenador da Defesa Civil Estadual, major José Erivaldo Mendes, a Conferência é um "divisor de águas". Para ele, a Defesa Civil é um tema para o qual a sociedade brasileira ainda não atentou de forma suficiente. "É uma necessidade urgente, já que os fenômenos atmosféricos estão trazendo a cada dia desastres recorrentes. Então, esse momento traz prioritariamente o envolvimento social. Estamos empanhados em transformar a Defesa Civil no país", ressaltou major Mendes.
O coordenador da Defesa Civil de Aracaju, Nicanor Neto, reforçou a ideia de divulgar as ações do órgão para a sociedade. "É importante ressaltar que existe uma politica de prevenção do desastre. Não podemos esperar a calamidade acontecer para lembrar da Defesa Civil. A sociedade precisa saber disso. Com esse intuito, estamos unindo forças com as três esferas do poder executivo", explicou Nicanor.
"A Defesa Civil está de parabéns pela qualidade e amplitude dos debates do evento, especialmente com a participação da sociedade civil de forma tão ampla. As calamidades podem ser evitadas e não podemos esperar que o desastre ocorra para lembrar da importância do órgão. Esse evento ratifica o quanto o Brasil cresceu em ações humanitárias", destacou Rosane Cunha, representante da secretária de Estado da Inclusão Social, Maria Luci Silva.
No período da tarde, foram abertos grupos de discussão para eleger as propostas prioritárias que serão apresentadas na Conferência Nacional de Defesa Civil. O será finalizado esta noite com a eleição, votação das moções com as propostas apresentadas e com o referendo dos delegados eleitos para o evento nacional.
Os debates ocorrem em torno do diagnóstico da qualidade do serviço prestado atualmente pela Defesa Civil e de temas como a constituição mais efetiva de um Fundo Nacional de Defesa Civil para facilitar o atendimento às emergências, e atualização da legislação da Defesa Civil, com a inserção do Sindec no texto constitucional.
Até o final da noite os delegados eleitos pelos municípios, membros da Defesa Civil Estadual e profissionais da área vão debater e aprovar propostas. Participaram da abertura do evento, os coordenadores de Defesa Civil da Bahia e Alagoas, representantes da Marinha e do Corpo de Bombeiros, e a deputada estadual Conceição Vieira.
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