sexta-feira, 13 de novembro de 2009

PORTAL INFONET: MP MOVE AÇÃO CONTRA HOSPITAIS.

Ação da promotora Euza Missano pede reabertura do pronto-socorro pediátrico do Hospital Primavera e Renascença

A situação de precariedade no atendimento às crianças levou o Ministério Público Estadual (MPE), através da promotora dos Direitos do Consumidor, Euza Missano, protocolar ação civil pública pedindo a abertura imediata do pronto-socorro pediátrico do Hospital Primavera e Renascença. Caso o pedido de liminar seja julgado favorável haverá a aplicação de multa diária no valor de R$ 5 mil se os hospitais não cumpram a determinação.

“Há seis meses que estamos tentando resolver essa questão. Não me restou outra saída. Entendo que essas duas casas de saúde não são vilãs, mas estão com problemas que precisam ser resolvidos”, explica a promotora Euza. Em audiência realizada na manhã desta sexta-feira, 13, os representantes dos dois hospitais, do Sindicato dos Médicos e da Sociedade de Pediatria estiveram reunidos para discutir o problema, mas por enquanto nenhuma saída foi encontrada.

O superintendente médico da rede Primavera, Roberto Cardoso Barrosos, explica que a pediatria da unidade fechou as portas há três meses e que o ponto crucial do problema é a remuneração paga aos pediatras. “Estamos procurando um ajuste entre hospitais, médicos e planos para tentar um acordo”, afirma.

De acordo com a representante do hospital Renascença, o pronto socorro pediátrico da unidade não chegou a fechar, mas a escala de profissionais está em aberta. Para a presidente da Sociedade Sergipana de Pediatria, Ângela Fontes, além da remuneração que é baixa o problema está nas condições de trabalho que são oferecidas.

“O que está sendo oferecido em termos de salário e condições de trabalho não é compatível com a responsabilidade que é conferida ao profissional. Se chamarem para trabalhar nessas condições não vai aparecer nenhum pediatra”, explica Angela. Ele espera que com esta ação movida pela promotora os hospitais e planos de saúde comecem a dialogara para tentar resolver o problema.

UTI

Na próxima quarta-feira, 18, ocorrerá uma nova audiência para discutir um outro grave problema no que diz respeito ao atendimento às crianças e adolescentes na rede particular: a falta de UTI pediátrica. De acordo com a promotora Euza, se na ocasião não sair um definição sobre a resolução desse grave problema, será ajuizada uma nova ação civil pública.

Matéria do Portal Infonet, por Carla Sousa

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