quarta-feira, 2 de junho de 2010

APÓS 14 HORAS DE NEGOCIAÇÃO, HOMEM QUE MANTEVE PAIS COMO REFÉNS NO BAIRRO SANTOS DUMONT SE ENTREGA A POLÍCIA.



Fotos: Jadilson Simões

Um trabalho de negociação de mais de 14 horas impediu que um homem armado acabasse tirando a vida dos próprios pais. A polícia cercou o homem que manteve os pais como reféns dentro da própria residência, na Rua A, 42, bairro Santos Dumont, zona norte da capital. Às 18h55, o Centro Integrado de Operações em Segurança (Ciosp) foi informado de que Silvan Correia Teles, 25 anos, portador de transtornos mentais e usuário de drogas, estava em cima do telhado da casa, armado com um revólver calibre 38 e fazendo ameaças a várias pessoas.

Quatro viaturas do 8º Batalhão de Polícia Militar (8º BPM) e da Companhia de Polícia de Radiopatrulha (CPRp) foram enviadas ao local, mas o suspeito se escondeu dentro do imóvel e tomou os próprios pais como reféns. Foi então acionado o reforço do Comando de Operações Especiais (COE), que posicionou um atirador de elite no local, caso houvesse qualquer problema mais grave. Os oficiais do COE, comandados pelo major Aragão, tentaram convencer o suspeito a se entregar, mas ele se recusou e permaneceu na casa, ameaçando matar os pais e cometer suicídio, mesmo com a chegada do seu tio e também policial militar, cabo Meneses da 1ª Companhia do 5º Batalhão da Polícia Militar.

Desde as primeiras informações do fato, o coronel Maurício Iunes, Comandante do Policiamento Militar da Capital (CPMC), fazia o Gerenciamento da crise, tendo como negociadores o major Aragão (COE) e o Capitão Silvano do 5º BPM, juntamente com o delegado André Baronto (COPE). A negociação prosseguiu até o início da manhã. A Rua A ficou isolada e, além de viaturas do COE e de outras unidades, equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros também seguiram para o local.

Como conhecia o delegado Everton dos Santos, atual diretor do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), o acusado disse que apenas se entregaria caso o delegado estivesse no local. E assim ocorreu. Everton negociou com Silvan, que prontamente atendeu aos pedidos da polícia e se entregou. Os pais, sexagenários, foram levados para o Cope e Silvan foi encaminhado a uma clínica para tratamento imediato.

Silvan está internado sob custódia policial na Clínica Psiquiátrica São Marcelo, na zona norte de Aracaju. Mesmo sob tratamento, ele foi autuado em flagrante pelos crimes de porte ilegal de arma de fogo e cárcere privado.

No COPE o major Aragão detectou que a arma do seqüestrador estava escondida nos pertences da mãe de Silvan, confirmando assim a presença da arma na ocorrência, sendo observado que cinco munições estavam deflagradas. Também participaram da ocorrência o comandante do 5º Batalhão, tenente coronel Enilson Aragão e a comandante do 8º Batalhão, tenente coronel Araci.

Na tarde desta quarta-feira, o governador Marcelo Déda escreveu em seu twitter. “Minha homenagem aos policiais que participaram da operação do sequestro. Parabéns. Tenho orgulho de vocês!"

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