O clima de euforia vivido pela oposição na Assembleia Legislativa após o polêmico processo de reeleição da presidenta Angélica Guimarães (PSC), pode ter os seus dias contados. Isso é o que pensa o líder do governo na Casa, deputado Francisco Gualberto (PT), que admite um momento de turbulência, mas não de desespero. “O discurso de Venâncio Fonseca é daqueles que cantam vitória antes da hora. Mas vamos com calma. Estamos passando por um momento de dificuldade, mas é preciso ter cautela”, pondera Gualberto.
Após os desentendimentos políticos na Casa, apenas nove dos 24 deputados mantiveram-se fiéis ao projeto do governador Marcelo Déda. Os demais agora denominam-se ‘independentes’, além dos que já faziam oposição sistemática ao governo. “Mas eu me sinto à vontade para conversar com qualquer deputado de qualquer bloco. Todos conhecem o meu perfil de atuação, e isso cria um relacionamento de confiança, mesmo com divergências políticas”, afirma o líder.
Francisco Gualberto disse que o estado vive uma realidade política diferente, mas isso não é motivo para comemorações da oposição. “Respeito todos os deputados, independente da posição de cada um deles em relação ao nosso governo”, garantiu, manifestando mais uma vez o seu descontentamento com a repentina eleição da Mesa Diretora da Assembleia na semana passada. “Meu protesto é contra a forma da eleição. Outros aspectos a gente pode discutir em outras instâncias”.
Quanto às explicações da presidenta Angélica Guimarães, Gualberto preferiu não tecer muitos comentários. Isso porque a parlamentar revelou que um telefonema oriundo do Palácio do Governo, indagando a sua idade exata, foi a gota d’água para que ela determinasse que aquele era o momento ideal para deflagrar o processo de eleição da Mesa, mesmo sem consenso na Casa. “Eu quero crer que a senhora acredita, de fato, no que está dizendo. E acredito também que não está me subestimando”, resumiu o líder governista.
Por fim, Francisco Gualberto disse mais uma vez que em momento algum havia tratado com Angélica sobre o dia exato da eleição da Mesa. “Além disso, o PT nunca foi convidado a participar daquela composição de chapa que foi eleita. Se a gente sequer sabia que haveria eleição naquele dia (27/02), como poderíamos participar da chapa?”, indagou o deputado.
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