quarta-feira, 19 de setembro de 2012

TRABALHADORES DOS CORREIOS DE SERGIPE ENTRAM EM GREVE POR TEMPO INDETERMINADO.

Os trabalhadores dos Correios de Sergipe decidiram pela deflagração da greve em assembleia realizada na noite de ontem, dia 17, na sede do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios (Sintect/SE). A decisão foi unânime e a greve se inicia a partir de hoje, 19.

Nesse ano, a Campanha Salarial dos Correios em Sergipe vem com o tema “Salvem os Correios”, uma forma de chamar a atenção da população para os problemas enfrentados pelos Correios, como a má gestão e falta de condições de trabalho. Dentre as reivindicações estão também a luta pelo fim da terceirização, da sobrecarga de trabalho, contratação imediata de 30 mil trabalhadores, fim do Sistema de Avaliação de Produtividade (Sap) e o Sistema de Avaliação de Resultados Comerciais (Sarc), e a não-privatização da ECT.

Além disso, a categoria pede a mudança da data-base para dezembro, manutenção do plano de saúde sem terceirização do mesmo, piso salarial de R$2.500 para os carteiros e aumento total de 43,7% referente às perdas que categoria sofreu desde o ano de 1994 (33%), inflação (5%) e aumento real (5%).

Para o representante do Sintect/SE, Orlando Sérgio, é importante a mobilização da categoria neste momento. “Precisamos lutar, porque só quem luta ganha. Espero que a partir de agora, os Correios comecem a analisar nossas propostas”. Ele ainda acrescentou que o problema maior dos Correios de Sergipe está na gestão atual. “A atual administração dos Correios é incapaz de olhar para os nossos problemas e ainda diz para a mídia que os trabalhadores estão satisfeitos. Tem alguém satisfeito aqui?”, indagou Sérgio.

O carteiro Edivânio Gomes também ressaltou a importância da greve para a valorização da categoria. “Essa greve serve também para manter a nossa dignidade. Precisamos nos valorizar e valorizar o nosso trabalho”, afirmou.

Outros estados também decidiram hoje pela greve, são eles Amazonas, Ceará, Goiás, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins, além de cinco regiões São Paulo (Bauru, Campinas, São José do Rio Preto e Vale do Paraíba). Apenas Bahia, Mato Grosso do Sul, Santos (SP), Santa Maria (RS), Acre, Juiz de Fora (MG), Rio Grande do Norte, e Ribeirão Preto (SP) deixaram para decidir sobre a greve no próximo dia 25. No Pará e em Minas Gerais, os trabalhadores já paralisaram suas atividades desde o último dia 10.

Fonte: CUT/SE (Danielle Menezes)

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