quinta-feira, 13 de setembro de 2012

VENÂNCIO: PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU TEM QUE PAGAR O AUXÍLIO-MORADIA QUE ESTÁ ATRASADO.

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na manhã de hoje (13) para cobrar da Prefeitura de Aracaju o pagamento do aluguel das casas onde estão alojadas as famílias carentes retiradas de áreas de risco e de invasão e que se encontram em atraso por alguns meses. Segundo o parlamentar são mais de 800 famílias nesta situação e muitas delas já receberam ameaças de despejo. “Dessas, duas já foram despejadas e uma delas se encontra aqui na AL”, bradou o deputado, se dirigindo aos manifestantes que lotaram as galerias da Casa.

“Venho tratar da situação do atraso do pagamento do auxílio-moradia. Dessas pessoas humildes que a Prefeitura de Aracaju prometeu, na retirada delas de seus barros e casas humildes, que lhes garantiria o direito a moradia. São pessoas que foram retiradas da Ocupação do Quirino, do Morro do Avião, da Água Fina, da Invasão do Arrozal, da Prainha e do Preó. A PMA se comprometeu em fazer o pagamento dessas casas alugadas e infelizmente há um atraso. E muitas dessas pessoas estão ameaçadas de despejo”, alertou o líder da oposição.

Venâncio foi ainda mais longe e disse que “a Prefeitura de Aracaju deveria ter o respeito e consideração com as pessoas e deixar de enganação e enrolação. Tem que cumprir aquilo que prometeu aos moradores que já esperam por uns quatro anos. Como não cumprem, essas pessoas sofrem. Como estamos em um período eleitoral e como o povo está cansado das promessas, eles estão entregando um termo de compromisso de responsabilidade social”, disse, acrescentando que “se a PMA tivesse compromisso essas famílias já estavam morando em suas casas”.

O deputado alertou que só querem entregar as casas depois da eleição. “Nesse termo de compromisso já especificam a quadra e o lote. Tudo com a assinatura do secretário Bosco Rollemberg. E por que não entregam antes? Estão é usando politicamente essas casas, abusando desse povo sofrido. Aí ainda jogam comentários inverídicos dizendo que se João Alves ganhar a eleição, vão tirar o auxílio-moradia. Ainda falam que João Alves quer dividir Aracaju. Quem divide são esses incompetentes que, há muito anos, estão mentindo e enrolando a população dos bairros mais carentes”.

Venâncio lembrou que para a construção do calçadão da 13 de Julho não demoraram seis meses. “Agora os carentes ficam quatro anos esperando. O problema é que temso um prefeito burguês, o comunista/capitalista, do Salão Imobiliário. É propaganda enganosa e discursos bonitos”. Em aparte, a deputada Ana Lúcia (PT) disse que entrou em contato com o secretário Bosco Rollemberg e o mesmo confirmou que o dinheiro já na estava na conta das famílias no banco.

Diante da manifestação da petista, o deputado Augusto Bezerra (DEM), também em aparte, disse que “as pessoas estão com cartão na mão aqui dizendo que o auxílio-moradia não está na conta. Faltou dinheiro! São meses de atraso”. Em resposta a deputada Ana Lúcia solicitou do secretário que enviasse, até a AL, representantes do serviço social para regularizar a situação.

Também em aparte, a deputada Susana Azevedo (PSC) se somou ao discurso de Venâncio Fonseca e fez uma breve retrospectiva do Santa Maria. “Quando fui candidata a prefeita de Aracaju contra o atual governador Marcelo Déda (PT) me lembro das propagandas que eles colocavam na televisão quando falavam das promessas para a Terra Dura, hoje Santa Maria. Pracinhas bonitas, ruas calçadas. Todas as pessoas teriam moradia digna. De 2204 até hoje se passaram quantos anos? Quais foram os investimentos feitos naquela área?”.

“E olhe que é o governo municipal, estadual e o federal. Poderiam ter resolvido o problema. O presidente do PT à época era José Eduardo Dutra que disse que ia construir um novo bairro e que a Petrobras iria fazer aquela grande obra. O vice-prefeito daquela época é o prefeito de hoje e, até hoje, aquelas famílias só receberam a solidariedade de nós da Assembleia Legislativa. Ou seja, tiveram tempo demais para fazer”, completou Susana Azevedo.

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