O deputado estadual Capitão Samuel (PSL) ocupou a tribuna da Assembleia Legislativa, na manhã de hoje (15), para denunciar que uma suposta perseguição do governo do Estado aos policias militares Jorge Vieira, Edgar Menezes e ao Cabo Palmeira. Os três estão para serem julgados por um Conselho Disciplinar por um ato praticado em uma instituição privada, que não tem vínculo com a corporação.
Samuel reclamou o fato do atual presidente da Amase (Associação dos Militares do Estado de Sergipe), sargento Vieira, internado no Hospital Primavera, ter recebido a visita de uma militar que foi, pessoalmente, comprovar se ele estava realmente internado, já que não pôde comparecer perante o conselho disciplinar.
“O policial está doente e leva um atestado. Lá no Hospital da Polícia Militar o documento não é entregue ao comandante direto dele. Uma Junta Médica pega o atestado e homologa ou não. Como o médico militar vai dizer que o médico civil não está correto? Mas isso acontece na PM”, iniciou Samuel.
Em seguida, o deputado disse que “ao tomar conhecimento que Vieira estava internado, ele se antecipou e mandou uma tenente verificar se ele estava ou não hospitalizado. O interessante é que temos 28 militares hospitalizados, mas só conferiram um. E os outros 27? Para mim está claro aí a perseguição. O policial que foi alvejado com o desembargador Luiz Mendonça fica na cama o tempo todo e faltam fraldas várias vezes. A Junta Médica não foi verificar se está faltando alguma coisa. O Capitão Augusto sofreu um acidente em Nossa Senhora da Glória, mas nem o Comando e nem a Junta Médica foram verificar”.
Samuel disse que está clara a perseguição ao governo do Estado. “O Comandante Geral é subordinado ao secretário de Segurança Pública que é subordinado ao governador. Não tenho como não falar. Não sei onde isso vai chegar, mas está avançando. O desejo do Comando Geral é excluir e pisar de qualquer forma. Isso começa num caso isolado e depois se espalha. Quem não pune quem erra, necessariamente se pune quem acerta. Criar uma punição por um desejo diferente daquilo que foi praticado é difícil! A primeira prisão de Vieira foi pedindo voto para Marcelo Déda (PT), no governo de João Alves Filho (DEM). Logo ele que está sempre brigando e lutando pela categoria. Se condenado ele também perde os direitos políticos. Talvez seja esse o objetivo de toda essa perseguição”.
Samuel citou ainda uma matéria publicada pelo Portal Infonet com o presidente da Amase (Associação dos Magistrados de Sergipe). “Ele reivindica mais policiais militares para fazer a segurança dos juízes. Ele está certo porque está pensando em sua categoria, mas umas coisas precisam ser colocadas. Por que o chefe da Segurança do Judiciário tem que ser feita por um delegado de polícia? Um delegado ganha muito bem para ficar na delegacia!”.
“Minha sugestão é que o governo faça um concurso para mil vagas na PM e aí vai verificar quantos homens o Poder Judiciário vai precisar. Se eles quiserem, que solicitem 500 homens, mas que assumam o pagamento dos salários desse efetivo. O delegado que citei, por exemplo, não recebe pela Secretaria de Segurança. O Tribunal paga tudo!”, completou o deputado.
Por fim, Samuel disse que “a mesma coisa os oficiais que vão para lá. Então o Judiciário pode pagar também pelos policiais militares que estão a disposição de lá. O cidadão que faz concurso para a PM, para juiz, desembargador e outros cargos sabe os riscos da carreira que vai assumir. Tanto que possuem porte de arma funcional. Hoje estão pedindo militares para dar proteção aos juízes. Amanhã será para o Ministério Público, para os auditores fiscais e para os deputados. E quem vai fazer a Segurança Pública? Quando você investe em Segurança Pública, você está beneficiando a todos”.
“Gostaria de pedir ao presidente da Amase que comece a discutir esse tema e que o Poder Judiciário institua a Polícia Judiciária. Que a gente possa criar a nossa Polícia Legislativa também. Hoje nós temos cinco mil homens no efetivo. É o mesmo de 1986. Até junho de 2012 há uma expectativa que 300 homens vão para a reserva. De lá em diante teremos apenas 4,7 mil homens para fazer a Segurança Pública em Sergipe. Se fizer um concurso até janeiro, por exemplo, ainda será complicado, porque é preciso um ano para se formar”, acrescentou.
Em aparte, o deputado Venâncio Fonseca (PP), que preside a Comissão de Direitos Humanos na Casa, se colocou a disposição de Samuel para defender os militares que estariam sendo perseguidos pelo governo. “Já observamos que existe a perseguição. O senhor tem feito um excelente trabalho em defesa da categoria e foi eleito para isso. Procure rápido o deputado federal Mendonça Prado (DEM), que é o presidente da Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados. Temos que denunciar essa perseguição no âmbito nacional”. Samuel também recebeu o apoio incondicional do deputado Zé Franco (PDT).
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