sexta-feira, 2 de setembro de 2011

17º GRITO DOS EXCLUÍDOS ESTÁ PRONTO PARA LEVANTAR AS BANDEIRAS SOCIAIS NAS RUAS.

Todos os trabalhadores e trabalhadoras sergipanos estão convidados para participar do 17º Grito dos Excluídos, 'Pela vida grita a TERRA... Por direitos todos Nós!', na próxima quarta-feira, 07 de setembro. A convocação foi feita durante a Coletiva de Imprensa realizada na manhã desta sexta-feira, 02 de setembro, na Cúria Metropolitana de Aracaju, pelas organizações sociais que estão preparando a manifestação.

Pastorais, Movimentos Sociais, Sindicatos, Comitês, Fóruns e diversas outras entidades já estão prontas para levantar as principais bandeiras sociais nas ruas da cidade, dentre elas a defesa de um projeto sustentável que priorize a defesa da vida para todos; a luta pela garantia, ampliação e universalização dos direitos de todos cidadãos; soberania nacional e internacional; organização em busca das conquistas para os excluídos/as; integração das lutas com respeito à diversidade cultural, econômica e política; cidadania universal; comunicação popular; defesa e promoção da juventude; e garantia de todas as formas de vida do planeta.

De acordo com o dirigente da Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE), Roberto Silva, além das pautas permanentes, como fim do Novo Código Florestal, Reforma Agrária e Urbana, e dignidade à vida humana, através da garantia dos direitos à água, energia, saneamento básico, educação de qualidade e saúde decente, o 17º Grito dos Excluídos possui uma questão especial para a CUT e para os movimentos sociais. “A prioridade do debate da juventude é uma questão muito especial deste Grito. A juventude brasileira está sofrendo com a violência, com a criminalidade e com as drogas, e é preciso uma resposta urgente das autoridades públicas, do Estado brasileiro, para garantir as políticas públicas para os nossos jovens. Nos temos hoje um número enorme de jovens, resultado de uma exploção demográfica que aconteceu em na década de 80 e da redução da mortalidade infantial bastante significativa nos últimos 20 anos. As crianças da década de 80 agora são jovens que precisam de políticas públicas voltadas para eles. Portanto, é crucial que nesse debate as autoridades possam discutir conosco, politicas para que esses jovens não sejam tão agredidos como estao sendo hoje, principalmente nas periferias das nossas cidades”, afirmou o dirigente da CUT.

Programação

No dia 07 de setembro, quarta-feira, a Concentração do 17º Grito dos Excluídos será realizada a partir das 09H, na Praça da Catedral, ao lado da Cúria Metropolitana de Aracaju. Todos participaram do Acolhimento e da Mística de Abertura. Às 10H, será realizado um Ato Cívico, apresentando as entidades presentes. Logo após teram apresentações culturais. Às 12H30, assim que o desfile cívico oficial acabar, a comitiva sairá da praça da Catedral rumo á Avenida Barão de Maruim, com o percuso – Rua Maruim, Rua Santa Luzia, Av. Ivo do Prado e Avenida Barão de Maruim.

“Entraremos unidos na avenida, gritando forte por todas as dívidas sociais. Assim o nosso grito será ecoado e com certeza conseguiremos angariar alguns dos nossos pedidos. Nós não podemos perder nunca a esperança e a possibilidade de se manifestar. O Grito dos Excluídos tem como finalidade anunciar, em diferenes espaços e manifestações populares, sinais de esperança com a perspeciva de transformação atraves da unidade, da organização e das lutas populares; e denunciar todas as formas de injustiças promovidas pelo sistema capitalista implantado em nosso país, e que causa a destruição e a precarização da vida das pessoas e do planeta. Então 'Pela vida grita a TERRA... Por direitos todos Nós!'”, assegurou Padre Genivaldo Garcia, assessor das Pastorais Sociais.

Para o padre, é muito importante a união dos movimentos sociais, sindicais e a Igreja. “Nós iremos gritar em favor da vida. Todos juntos anunciando a cultura da esperança e a possibilidade de uma mobilização que denuncia toda a injustiça contra a vida, contra a pessoa humana, em especial contra os grupos mais oprimidos da sociedade. Juntos somos mais.” acrescentou.

Histórico do Grito

A proposta do Grito dos Excluídos surgiu no Brasil no ano de 1994, e o 1º Grito dos Excluídos foi realizado em setembro de 1995, com o objetivo de aprofundar o tema da Campanha da Fraternidade do mesmo ano, que era “A Fraternidade e os Excluídos”, e responder aos desafios levantados na 2ª Semana Social Brasileira, cujo tema era “Brasil, alternativas e protagonistas”. Em 199 o Grito rompeu froteiras e estendeu-se para as Américas.

O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. As manifestações são múltiplas e variadas, de acordo com a criatividade dos envolvidos: caminhadas, desfiles, celebrações especiais, romarias, atos públicos, procissão, pré-Grito, cursos, seminários e palestras.

“O Grito surgiu a partir da necessidade dos movimentos sociais e sindicais, e as pastorais de estarem levando a mensagem no período do 07 de setembro de que ainda não temos independência plena. O Brasil será um país completamente independente no dia que todos tiverem um casa para morar, a Terra para trabalhar, tiver um emprego, uma educação decente, tiver saúde, no dia em que todos tiverem seus direitos plenos à vida. Por isso que o lema do grito, vida em primeiro lugar, tem que estar sempre em primeiro lugar. Em primeiro lugar não pode estar o lucro, não pode estar o interesse pessoal, individual. Em primeiro lugar tem que estar a vida. A Igreja entendeu essa mensagem, e está construindo junto com os movimentos a luta pela independência plena.”, pontuou Roberto Silva, dirigente da CUT/SE.

Fonte: CUT/SE

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