sexta-feira, 5 de março de 2010

OPERAÇÃO NAVALHA: JUSTIÇA RECEBE DENÚNCIA DO MPF/SE CONTRA RUBEM PATURY E ZULEIDO VERAS.

A Justiça Federal recebeu a denúncia feita pelo Ministério Público Federal em Sergipe (MPF/SE) contra o ex-superintendente da Polícia Federal (PF) no Estado, Rubem Patury, o empresário Zuleido Veras e mais dois lobistas que trabalhavam para este. Patury tornou-se réu no processo por ter recebido 7 mil reais de Zuleido para custear a sua festa de posse em Sergipe em 2005, além de ajuda financeira para sua campanha eleitoral em 2006, quando se candidatou a deputado estadual no Tocantins.

Os outros dois réus no processo, Francisco de Assis Borges Catelino e Joel de Almeida Lima ambos lobistas de Veras, ajudaram o dono da empresa Gautama a fazer contato com o então superintendente da PF, bem como a realizar o pagamento da propina. A Justiça Federal, porém, não aceitou a denúncia contra a esposa de Patury, Magna Soraya da Silva Patury, e contra o empregado da Gautama, Florêncio Brito Vieira.

O procurador da República Eduardo Botão Pelella já recorreu pedindo ao juiz Federal da 2ª Vara, Ronivon de Aragão, que aceite a denúncia também contra eles. De acordo com a denúncia, oferecida pelo MPF em março de 2009, Magna Soraya emprestou sua conta bancária para que fosse depositado os 7 mil reais de propina. Já Florêncio Vieira trabalhava no setor financeiro da Gautama, participando da operacionalização da distribuição de propinas.

Festa – Esta denúncia é um desdobramento das investigações da Operação Navalha. As interceptações telefônicas judicialmente autorizadas apontam que Zuleido Veras custeou a festa de posse de Rubem Patury na Superintendência da PF em Sergipe. O delegado da PF teria ainda recebido ajuda financeira de Zuleido em 2006, quando se candidatou a deputado estadual no Tocantins. De acordo com a denúncia, Zuleido Veras desejava contar com uma possível proteção de Patury em futuras investigações da PF sobre as obras da Gautama no Estado.

À época, as irregularidades das obras executadas pela Gautama na duplicação da adutora do Rio São Francisco já estavam sendo investigadas pelo MPF/SE. A Controladoria-Geral da União estimou em mais de 170 milhões de reais os prejuízos causados por essas irregularidades.

Fonte: MPF/SE

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