quarta-feira, 10 de março de 2010

VENÂNCIO APRESENTA "REMÉDIO" PARA O GOVERNO DÉDA.

Foto:  Maria Odília


O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na manhã de hoje (10) com o objetivo de apresentar um “remédio” para o governo do Estado conceder um bom reajuste para os servidores públicos. Segundo o parlamentar, o governador Marcelo Déda (PT) pode fazer muito mais do que corrigir a inflação. Ele acha que, se muitos “cabos eleitorais” forem exonerados, haverá folga na folha para se conceder um bom reajuste.

“É bom que fique claro que o governo tem apenas até o dia 5 de abril para negociar e definir um reajuste positivo para os servidores. Depois disso, caberá ao governador a obrigação de apenas corrigir a inflação. Fico solidário com a TV Sergipe porque o secretário de administração acusou a emissora por não lhe dar oportunidade para falar. A verdade é que a oportunidade lhe foi dada e que ele nem ligava para o prazo expirar. Se o governo estivesse preocupado com os servidores ele não acabaria com a Mesa de Negociação, que foi embora com o 'compadre' Nilson Lima. O detalhe é que o governo não quer mais discutir esse assunto”, pontuou o líder da oposição.

Venâncio ainda disse que “Jorge Alberto reclamou na imprensa dizendo que o 'cobertor' estava curto para ser conceder um bom reajuste para os servidores. Disse que está quase no limite. Mas esse governo tem muito dinheiro em caixa e esse não é o problema. Agora, se o coberto está curto para os trabalhadores, é porque ele está bem comprido em outros setores. Estes ocupados por ex-prefeitos e cabos eleitorais ganhando R$ 6 mil, R$ 8 mil e R$ 10 mil. Da Casa Civil ninguém sabe mais a quantidade de pessoas contratadas”.

Diante do problema, Venâncio apresentou a “solução”: “eu tenho o remédio para resolver este problema. Que tal iniciando com a redução dos jetons pagos aos cabos eleitorais que ficam 'mamando no governo'? A cada reunião mensal vai um jetom de R$ 2 ou R$ 3 mil; depois disso, poderia cortar os 50 'ratos de rádio' contratados pelo governo para fazer sua defesa nos programas matinais; quer mais folga? Que tal acabar com os 28 secretários adjuntos? Tem secretarias que não fazem nada e ainda têm adjuntos e com toda estrutura. Vou adotar este assunto até a data-limite. Não vou descansar até este governo atender os trabalhadores”, completou.

Em aparte, a deputada Goretti Reis (DEM) disse que “nenhum processo de negociação foi tomado para que os servidores fossem pegos de surpresa. Se não fosse a denúncia de Venâncio Fonseca, ninguém tocaria no assunto. A lei eleitoral força os dirigentes a anteciparem as decisões sobre salários dos servidores, mas é muito discurso e pouca ação”, reclamou, sendo acompanhada pelo também deputado Antônio Passos (DEM). “Já estamos no meio de março e até agora nada! Esperemos que este projeto de reajuste chegue no na AL. Todas as categorias estão reclamando e não se pode apenas privilegiar algumas classes”, cobrou o democrata.

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