O vice-líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Augusto Bezerra, disse que as mulheres sergipanas, usuárias do Sistema Único de Saúde (SUS), estão sem a oferta do serviço de prevenção do colo de útero. “Isso em virtude do abandono total do Centro de Referência da Mulher, que hoje mudou de nome. Esse governo gosta de mudar os nomes, como o do Hospital João Alves Filho que virou Huse”, comentou.
O deputado disse que no centro os aparelhos usados para fazer análise no útero, para encontrar problemas e fazer a retirada de pequenas verrugas vaginais que podem provocar o câncer, não funcionam mais. “Eles são preventivos e atacam as chamadas lesões pré cancerosas. Os dois aparelhos estão quebrados”, lamentou. Bezerra disse que há mais de dois anos só um funcionava um e agora pararam os dois equipamentos.
“As mulheres estão sem poder fazer prevenção da doença, quem não faz prevenção caminha para um caso de câncer. Sergipe tem saudades da época em que esse setor era cuidado pela senadora Maria do Carmo”, destacou o deputado, lembrando que dos 3,6 mil casos de câncer registrados este ano, dois mil ocorreram em mulheres, na mama e no colo do útero. “Falta o governo se preocupar com esses dois aparelhos quebrados. Falta material descartável e os pacientes são obrigados a comprar esse material”
Augusto Bezerra disse que nunca viu um desmando tão grande na área da Saúde. Segundo ele, a maternidade Nossa Senhora de Lourdes é outro caso de descaso. Os servidores estão aguardando um plano de cargos e salários e não há nenhuma perspectiva de avançar na carreira. “E aqui (na Assembleia) há projetos que criam um trem da alegria, um projeto que cria cargos temporários”, destacou.
O deputado encerrou seu discurso afirmando que os médicos da Oncologia que assinaram um documento foram retaliados. “Aquele setor é uma piada de mau gosto. As fundações estão quebradas, devem empresa de alimentação, devem á cooperativa de médicos. as fundações vieram para privatizar e acabar com a Saúde. O governo quer acabar com o Centro de referência da Mulher”.
Nenhum comentário:
Postar um comentário