terça-feira, 3 de agosto de 2010

USUÁRIOS DE ÁLCOOL E DROGAS SÃO ATENDIDOS PELA PREFEITURA MUNICIPAL DE ARACAJU.

A Prefeitura de Aracaju, através da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), realiza desde o ano de 2003 o trabalho de assistência psicossocial a usuários de substâncias entorpecentes. As atividades são desenvolvidas no Centro de Atenção Psicossocial para Álcool e Drogas (Caps AD) Primavera, localizado na rua Guarapari, bairro Atalaia.

Atualmente o Caps AD atende a 120 usuários a partir dos 16 anos e cerca de 20 funcionários trabalham de segunda a sexta-feira para garantir um tratamento eficaz e humanizado aos pacientes, muitos deles viciados em crack. A equipe é formada por psicólogos, psiquiatras, médicos, educadores físicos, terapeutas ocupacionais, enfermeiros, técnicos de enfermagem e oficineiros.

Além da medicação correta para cada caso, o tratamento conta com o acompanhamento integral ao paciente e com atividades de integração e socialização, como palestras e oficinas de serigrafia, música, artesanato hippie, Teatro do Oprimido e jogos cooperativos. O Caps AD tem grupos específicos para atender separadamente mulheres, adolescentes, usuários de álcool e crack.

Portas abertas

Segundo o coordenador do Caps AD, André Calazans, assim que o paciente chega ao Centro, os profissionais identificam seu nível de dependência e o tipo de tratamento necessário. "Como todos os outros Caps, o serviço funciona no esquema 'portas abertas'. Seja encaminhado pela Justiça, trazido pela família ou voluntariamente, qualquer cidadão é acolhido com a mesma atenção e cuidado pela nossa equipe", garante o coordenador, lembrando que frequentemente são realizadas reuniões familiares para aproximar a família do tratamento.

De acordo com o coordenador da Política de Álcool e Outras Drogas e apoiador institucional do Caps AD, Murilo de Brito, o tratamento varia de acordo com cada paciente. Após o acolhimento, o dependente recebe acompanhamento direto do chamado 'técnico de referência'. "É alguém que vai dialogar mais de perto com o usuário e saber quais as suas reais necessidades. Ele acaba sendo uma espécie de tutor do paciente, e, por essa proximidade, consegue interagir com os outros profissionais da equipe e passar mais informações sobre o quadro do paciente no decorrer do tratamento", explica Murilo.

Além da interação dos funcionários dentro do Caps AD, Murilo também conta que já existem projetos de integração intersetorial com outras secretarias municipais envolvidas no combate às drogas. "Começamos a nos reunir para debater o que cada secretaria pode fazer contra essa questão das drogas, que não é um problema unicamente de saúde, mas tem uma série de outros fatores sociais envolvidos", afirma.

Nenhum comentário:

Postar um comentário