A presidenta Dilma Rousseff confimou ao governador Marcelo Déda, em audiência nesta quarta-feira, 30, em Brasília, a liberação de R$ 15 milhões à elaboração do projeto básico do Canal de Xingó. "Esta notícia é da maior relevância, pois trata-se do primeiro passo para obra de R$ 2,4 bilhões", comemorou o governador.
Com o Canal de Xingó, o Governo do Estado pretende maximizar a oferta de recursos hídricos, não apenas para o semiárido, mas em todo o estado. Entre outros, o canal permitirá levar água para a pecuária leiteira, irrigação, dessedentação de animais, agricultura irrigada, agroindústrias e consumo humano.
Déda explicou que o canal conduzirá água da Hidrelétrica de Paulo Afonso, na Bahia, por gravidade. Esta opção, prosseguiu, embora aumente os custos de engenharia, reduzirá os gastos de custeio, barateando a utilização da água pelos consumidores finais.
Como forma de agilizar o início das obras, Déda ligou para o ministro da Integração Nacional, Fernando Bezerra, logo após a reunião com a presidenta. O ministro informou que pretende, já na próxima segunda, 5, assinar o convênio em Aracaju.
Aeroporto
Outro destaque da longa reunião de trabalho no Palácio do Planalto foi a confirmação da remodelação do Aeroporto Santa Maria, em Aracaju. "A presidenta aprovou todo o cronograma do aeroporto, inclusive construção do terminal de passageiros", resumiu Déda.
"Ela me autorizou a deflagrar investimentos que ficaram sob responsabilidade do Estado. Para tanto, pretendo, já no primeiro trimestre de 2012, licitar o anel viário do aeroporto". Ao mesmo tempo, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) "tem compromissos de iniciar licitações no início de 2012". Dessa maneira, "a parceria entre a Infraero e o Governo de Sergipe está consolidada sob as bênçãos da presidenta Dilma Rousseff", reiterou o governador sergipano.
Carnalita
Investimento de U$ 4 bilhões, o Projeto Carnalita, que prevê a produção de potássio como fertilizante, foi também abordado pelo governador. "A presidenta reafirmou seu compromisso em contribuir na resolução do impasse entre a Vale e a Petrobras, além de manifestar que é prioridade nacional o aumento da produção de potássio", relatou Déda.
As divergências entre a Vale, que pretende executar o projeto de extração da carnalita, e a Petrobras, que detém os direitos de exploração da área, impedem o início da produção de potássio. A iniciativa justifica-se pela grande dependência do país na importação de potássio, consumido pela crescente produção agrícola brasileira.
"O projeto Carnalita é o único que tem condições de viabilizar o aumento da produção de potássio a curto prazo", justificou o governador. Numa síntese, Déda lembrou que "Sergipe é o principal produtor do mineral no país, que a Vale detém a tecnologia de produção e que a disponibilidade da carnalita é num volume extraordinariamente grande e plenamente viável".
Dilma Roussef relatou ao governador que pretende conversar com os dirigentes da Vale e da Petrobras. Na expectativa da presidenta, o projeto poderá ter início no próximo ano.
BR-101
Déda relatou à presidenta a conclusão da fase de elaboração do projeto executivo da duplicação da BR-101. "Reivindicamos a agilização da análise do projeto pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) e a liberação dos recursos para que possamos, já no primeiro trimestre de 2012, lançar o edital de licitação", disse o governador.
Um dos entraves à obra, a travessia urbana entre Cristinópolis e Umbaúba, foi resolvido pelo governador em reunião com os respectivos prefeitos. "Não há mais obstáculos. Basta que o DNIT aprove e libere recursos para que nós façamos a licitação".
Porto
Por fim, o governador solicitou que a Secretaria de Portos aprove o pedido de Sergipe para dragagem da barra do Rio Sergipe. "Embora o rio não tenha mais porto, ele sedia importantes empreendimentos na construção naval (como o estaleiro centenário H. Dantas, que emprega cerca de 500 operários)".
"Temos, em discussão e análise, uma planta para construção de plataformas em Santo Amaro. Por isto, vamos precisar melhorar o calado do rio, melhorar a passagem da barra, para viabilizar o escoamento da produção do H. Dantas e de outros estaleiros".
Após o pleito do governador, a presidenta determinou que sua assessoria entrasse em contato com a Secretaria de Portos. O objetivo é agendar reunião da secretaria com o Governo de Sergipe para discutir mais detalhadamente esta intervenção.
No encontro presidencial, o governador foi assessorado pela secretária adjunta de Planejamento, Ana Cristina Prado, e pelo representante de Sergipe em Brasília, Pedro Lopes.
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