As professoras da Escola Estadual Poeta João Freire Ribeiro decidiram que em 2012 não trabalharão mais com os pacotes instrucionais “Alfa e Beto, Se Liga e Acelera”.
Elas se reuniram no último dia 18 com o um dos diretores do departamento de Base Estadual, Roberto Silva e colocaram o posicionamento do corpo docente da escola. Para elas não há mais condição de se trabalhar com os programas impostos pela Secretaria de Estado da Educação para os alunos do 1º ao 4 ºano.
A reunião que também contou com a presença da presidenta Ângela Maria de Melo e da professora Berta Pichs Herrera, do Ministério da Educação Superior de Cuba (Berta palestrou da X Conferência), as educadoras contaram que a metodologia e o material do curso não suprem as necessidades básicas de aprendizado dos alunos. Segundo elas, o material serve para que as crianças decorem, mas não aprendam os conteúdos.
“O governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Educação ao impor os pacotes instrucionais está desrespeitando a legislação educacional”, apontou Roberto.
Além prejudicar futuramente os alunos que hoje participam de tais programas, eles também minam a autonomia do professor, pois todas as aulas e provas já vêm prontas, transformando o professor num mero monitor.
Reforma
A escola passou por reformas, mas ainda faltam detalhes importantes. Não há máquina para fotocopiar as avaliações ou exercícios que os professores necessitam, mas o dinheiro da escola foi utilizado para comprar 2 câmeras e um sistema de monitoramento. “Quem quiser fazer algo, infelizmente tem que pagar do próprio bolso, pois as câmeras não tiram cópias”, disse a professora Adenilde.
As professoras decidiram que farão um documento onde constarão os motivos para que o corpo docente da EE Poeta João Freire Ribeiro não trabalhe mais com os pacotes e mostrando qual o projeto político pedagógico da escola. Uma reunião com os pais dos alunos também será marcada para que eles sejam informados sobre a decisão.
Fonte: Sintese (Caroline Santos)
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