A Polícia Militar, através da Companhia de Polícia Rodoviária (CPRv), alerta os sergipanos sobre dados estatísticos que envolvem acidentes no trânsito. Segundo dados do Departamento Estadual de Trânsito (Detran), 85 pessoas morreram em 692 acidentes de trânsito apenas nos dois quadrimestres deste ano. Tal dado abrange ocorrências em vias urbanas quanto em áreas rurais, de jurisdição estadual.
“Ao analisar as mortes, percebemos que 83,5% delas ocorrem nas rodovias estaduais. Esse número já supera o do mesmo período do ano passado, onde 64% pessoas perderam suas vidas. Houve então um aumento significativo de 17%”, destacou o capitão Walcir Mendonça Filho, comandante da Companhia de Polícia Rodoviária (CPRv).
Apesar dos acidentes serem numericamente menores nas rodovias sergipanas, tais ocorrências são mais perigosas, porque a probabilidade de resultar em óbitos é maior. “No trânsito urbano da capital, ocorre uma morte para 130 acidentes. Já nas rodovias estaduais, esse número é reduzido em uma morte para cada dez acidentes. Vários motivos podem explicar esse fenômeno, entretanto o mais evidente é a velocidade desenvolvida nessas vias”, reforça o capitão Walcir.
O Código de Trânsito Brasileiro expressa que quando não há sinalização, a máxima velocidade permitida em rodovias de áreas rurais é de 110 Km/h, para automóveis e motocicletas. Nas áreas urbanas, o máximo permitido sem sinalização é de 80 Km/h.
“Outro motivo é o tipo de acidente em que os veículos mais frequentemente se envolvem. Na maior parte deles acontece colisão frontal [20% do número de acidentes com vítimas fatais nas rodovias estaduais em 2011], resultado de ultrapassagens indevidas. E ainda há problemas como saída de pista [causada por excesso de velocidade, falta de atenção e ingestão de bebida alcoólica], atropelamento de pedestre e choque [geralmente com poste].
É importante destacar que os condutores insistem em desrespeitar a proibição legal de uso de bebidas alcoólicas. O etanol afeta o Sistema Nervoso Central, levando o condutor a apresentar uma série de sintomas que impedem de conduzir o veículo de forma segura. Aliado a uma maior velocidade, resulta numa combinação fatal.
“É fundamental contarmos com a conscientização dos condutores, pois efetivamente são eles que fazem o trânsito nas rodovias”, concluiu o capitão Walcir.
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