O vice-líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Augusto Bezerra (DEM), ocupou a tribuna na tarde de hoje (28), para defender que os parlamentares sergipanos se somem para combater o que ele entende por “sindicalismo bandido”, fazendo alusão às recentes denúncias propagadas pela Revista Isto É contra o presidente da Força Sindical em Sergipe, Willian Roberto Arditti, e contra o ministro do Trabalho, Carlos Lupi.
Segundo a publicação, que tem circulação nacional, na edição de 5 de agosto de Isto É, a presidente da Federação Nacional dos Terapeutas (Fenate), Adeilde Marques, revelou que foi forçada a pagar pedágio para conseguir a liberação das cartas sindicais dos sindicatos filiados. Ela apontou o presidente da Força Sindical em Sergipe, Willian Roberto Arditti, como chefe do esquema no Estado.
Segundo Adeilde, o registro custaria até R$ 40 mil. Isto É mostrou ainda como Lupi e Paulinho da Força têm fabricado entidades sindicais para atender a interesses políticos e partidários. Em apenas três anos e meio, foram concedidos mais de 1,6 mil registros sindicais e outros 2,4 mil estão na fila de espera. Em média, surge um novo sindicato por dia no Brasil. O esquema está na mira do Ministério Público do Trabalho, que criou uma comissão especial de 16 procuradores para investigar as denúncias.
Ao fazer uso da palavra, e baseado nos dados acima publicados na revista, Augusto Bezerra saudou os sindicatos dos trabalhadores que se encontravam presentes nas galerias da Casa e disse que “esses trabalhadores estão aqui em repúdio à Força Sindical e ao ministro Carlos Lupi. Hoje esta Casa precisa aderir à luta contra o sindicalismo bandido muito diferente dos sindicatos sérios que temos em Sergipe”.
Em seguida, Augusto Bezerra começou a detalhar as denúncias da Revista Isto É. “É um esquema de venda de cartas sindicais. O Ministério do Trabalho se tornou um balcão de negócios. É preciso pagar pedágio para conseguir cartas sindicais! Nosso Estado foi citado nessa matéria e isso precisa ser investigado a fundo. Tudo isso era feito sob a conivência do ministro e por pessoas ligadas diretamente a ele. Coisas absurdas estão acontecendo em Sergipe via Força Sindical”.
“Essa questão das ONGs é um verdadeiro escândalo. Em 2010, Sergipe foi o Estado que mais recursos do Pro - Jovem, enquanto isso, alguns sindicatos sérios são perseguidos e anulados por esses sindicatos na base do dinheiro. Apesar de fazer oposição, nós vimos os sindicatos levarem um companheiro à presidência da República. Isso não pode acontecer e, muito menos, em um governo do PT”, completou o democrata.
Samuel – Em aparte, o também deputado Caapitão Samuel (PSL) revelou que chegou a ser procurado pelo sindicalista Roberto (Força Sindical). “Me apresentaram esse rapaz e decidir apoiar. Mas os custos começaram a aumentar. Respeito sindicalitas como Dudu da CUT que faz um trabalho sério. Questionei a ele o mesmo serviço oferecido por Roberto e, para a minha surpresa, o valor colocado equivalia a 10% do valor global. Cheguei a conversar com a delegada do trabalho e com o chefe do setor, Nilson Socorro. Ele me disse que eu tinha que dar entrada pessoalmente em Brasília porque havia uma força na capital federal onde nenhum processo sindical passava. Isso é uma safadeza e uma maracutaia. Colocaram Sergipe onde não deveria estar. Tem que investigar isso a fundo e Sergipe não merece esse rapaz”.
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