quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

VENÂNCIO FAZ BALANÇO DOS QUATRO ANOS DO GOVERNO DÉDA.

Fonte:  Maria Odília

O líder da bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na manhã de hoje (09) para fazer um balanço dos quatro anos do governo Marcelo Déda (PT). Venâncio falou da Saúde, Educação, Segurança Pública, Obras, Ação Social, Agricultura e Funcionalismo Pública. Por fim, o deputado ainda disse que o Estado está “quebrado” economicamente falando.

“Há quase quatro anos, nós saudávamos o governador que tinha ganho a eleição, no discurso, com a promessa de transformar Sergipe em um canteiro de obras. Que teríamos Saúde e Educação de primeiro mundo e com uma Segurança Pública que poderíamos dormir de portas abertas. A Agricultura viveria melhores dias e que a Assistência Social seria maravilhosa. E o funcionalismo teria na pessoa do governador um amigo pela sua participação nos movimentos sociais”, comentou o líder da oposição.

Em seguida, Venâncio colocou que seu grupo político perdeu a eleição, mas que jamais desejou o mal para Sergipe, tanto que, quando da posse do governador, lhe desejou um bom governo. “Ele tinha tudo para fazer. Pegou uma estrutura organizada, tanto que um ano depois, tinha um caixa de R$ 1 bilhão. E eu nunca vi um ‘quebrado’ fazendo economia! E muitas vezes quando a oposição fazia cobranças aqui, eles culpavam o governo passado. Agora eles não vão ter mais esta desculpa porque vão receber o governo de um aliado. Quero saber qual será a desculpa de agora porque ainda não disseram para que vieram”.
Saúde – Venâncio iniciou sua análise pela Saúde Pública. “É um caos total! Falta de médico; medicamentos; hospitais no interior não funcionam; as fundações de Saúde que só devem a duas pessoas: Deus e o Mundo! É uma tragédia; mortes no hospital, tanto que o próximo governador terá que aumentar a frota do rabecão; plano de cargos e salários da Saúde até hoje não chegou na Al. A saúde é de-dá-dó. É uma bagaceira total. Se em Aracaju está desse jeito, imagine no interior do Estado”, criticou.

Educação – Dando continuidade, Venâncio tratou da Educação de Sergipe. “É uma decepção, em especial para a deputada Ana Lúcia (PT), que fez greve de fome em outros governos. Se fizer nesse, vai morrer! As escolas estão sem professores; não pagam aos contratados; o dinheiro do Fundeb está sendo mal aplicado; escolas caindo; transporte escolar há cinco meses sem pagar; e a gestão democrática que Ana Lúcia e o PT tanto defenderam até hoje não chegou o projeto aqui na AL”.

“Era boa no governo dos outros, mas nesse governo não é! O que há é um loteamento de cargos, com os ‘padrinhos’ indicando tudo. É por isso que não querem a gestão democrática. Com a média 3,8 dada pelos professores, eles não passam em lugar algum”, completou o deputado, dizendo que a Educação pública de Sergipe está no fundo do poço.

Segurança – Sobre Segurança Pública, Venâncio disse que “eu não vou discutir este tema por não existe em Sergipe. Uma cidade com mais de 20 mil habitantes e ter dois ou três policiais para dar segurança é a prova que estou certo! O secretário é João Eloy, mas não é João Herói. Segundo o Capitão Samuel tem mais de 500 policiais desviados de função, dando segurança a prefeitos e secretários. Tem uma delegacia no Santos Dumont que não conseguiram terminar a reforma; em Itabaiana foram mais rápido e alugaram uma garagem para sediar uma delegacia”.

Ação Social – “Aí é que não existe mesmo! Acabaram com todos os programas da Inclusão Social. As pessoas morrendo. O que tinha era uma grande distribuição de alimentos. Os pobrezinhos do interior estão se acabando. Não existe um programa social para o povo pobre. É um desgoverno total!”.

Agricultura – “A minha região é a Sul, citrícola, rica e que empregava mais de 100 mil pessoas e hoje está decadente, falida e quebrada. Desafio qualquer membro do governo para me apresentar um projeto para a agricultura. A única coisa que terminaram foram projetos do governo passado. Não tem uma área de referência”.

Obras – Venâncio deu continuidade dizendo que o governador foi eleito com a promessa de transformar Sergipe em um canteiro de obras. “Iam construir 102 clínicas de Saúde; construíram pouco mais de 30 e apenas umas cinco estão funcionando mal. Qual o prefeito que não quer receber uma clínica dessas? Se não estão querendo é porque tem algo errado. Para funcionar uma clínica tem que ter médicos e enfermeiros e isso têm custos”.

O deputado disse que recebeu algumas denúncias de que o governo havia paralisado as obras no interior do Estado e resolveu acompanhar de perto. “Passei dois dias comendo poeira. Comecei pelo povoado Convento ao Pontal de Indiaroba. Tinha uma patrol, uma enchedeira e uma caçamba. Naquele ritmo, termina o segundo governo e a rodovia não sai; de lá fomos as obras de Indiaroba a Umbauba, a estrada iniciada no governo passado e, até agora, não concluíram. Tudo paralisado e não tem uma máquina”.

“Outra obra é a pista que liga Tomar do Geru a Itabaianinha, autorizada antes da eleição e que enganaram a população. Colocaram as máquinas e depois tiraram. Isso é estelionato eleitoral! De Tobias Barreto ao povoado Monte Coelho, onde o governador teve uma vitória absurda, e fizeram o mesmo. Tudo parado; de Frei Paulo a Alagadiço foi a mesma coisa; de Divina Pastora a Siriri a obra está andando sim porque o convênio foi firmado com a Petrobras; de Capela ao povoado Miranda a obra está paralisada; de Aquidabã a Canhoba e de Santana do São Francisco ao povoado Saúde está tudo parado. E isso está acontecendo porque as empresas querem trabalhar e também querem receber. E o governador cansava de dizer que este dinheiro tem responsabilidade e só inicia obras com o dinheiro em caixa”. citou o líder da oposição.

Funcionalismo – “Acho que os servidores nunca sofreram tanto como agora no governo do Partido dos Trabalhadores. Eles estão sendo massacrados! Estão decepcionados e frustrados”.

Finanças – Para encerrar sua análise, Venâncio disse que o Estado está “quebradinho da Silva Xavier e que o dinheiro que tem em caixa está amarrado para pagar as obrigações de fim de ano. O secretário da Fazenda veio aqui e disse que um Estado que já teve R$ 1 bilhão em caixa, hoje só tem R$ 65 milhões já comprometidos”.

Solidariedade – Falando em nome de toda a bancada de oposição na AL, Venâncio prestou solidariedade ao também deputado Augusto Bezerra (DEM) pelas agressões sofridas, essa semana, por parte do governador do Estado. “O deputado está fazendo aquele que é o seu papel de oposicionista. Cobra do governo aquilo que foi prometido e que não foi feito até agora. Como não tem mais desculpa, parte para um comportamento desta natureza. Augusto tem feito um trabalho brilhante cobrando aquilo que deve ser feito para o Estado. Saúde está o caos. É um amigo que tem prestado grandes serviços ao povo de Sergipe”.

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