O líder bancada de oposição na Assembleia Legislativa, deputado estadual Venâncio Fonseca (PP), ocupou a tribuna na manhã de hoje (03), para repudiar a vinda do ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, a Sergipe, para a inauguração da nova sede do PT sergipano e para fazer o lançamento de seu livro. Em seguida, já em explicação pessoal, Venâncio avaliou como “aberração” a comparação feita pelo líder do governo, deputado Francisco Gualberto (PT), associando o ex-governador João Alves Filho (DEM) a José Dirceu que ele enxerga como um “chefe da máfia do mensalão”.
“Foi feito aqui o convite pela vinda de José Dirceu para a inauguração da sede do PT sergipano, cobrando R$ 100 para um jantar. Terá direito a todo aparato governamental, solenidade, jantar e honrarias. Nós vivemos uma crise moral no País. Em 10 meses de governo já saíram seis ministros. Um por divergências de pensamentos, por uma entrevista que concedeu, e os demais por corrupção conforme denúncias da própria imprensa”, comentou o líder da oposição.
Venâncio disse ainda que “essa semana veio à tona a história do governador do Distrito Federal. E não se trata de Arruda, mas o novo governador envolvido em um escândalo no Ministério dos Esportes. Quem leu a entrevista toda na revista Isto É, que conta tudo, mas não diz que partido ele é. No caso de Arruda contaram tudo, mas estamparam o DEM lá em cima. Conforme a publicação o atual foi o mentor de tudo e está envolvido até o pescoço. Coitada de Brasília!”.
“No auge dessa crise toda vem a Sergipe o chefão da máfia! Pense se fosse um membro de outro partido que viesse lançar um livro aqui no Estado durante um governo de João Alves? Pense como seria? Arruda cometeu erros, foi preso e respondeu por seus atos. O atual governador continua despachando no Palácio, com a caneta na mão e tem regalias. O outro que é o chefe da máfia vive desfilando pelo País fazendo palestras, de jatinho particular sendo pago sabe-se lá por quem. E lançando livros. O outro foi preso só porque não é do PT? Que País é esse?”, questionou, deixando o seu protesto pela visita de José Dirceu enquanto ele não tiver o seu julgamento pelo Poder Judiciário.
Explicação Pessoal – Já na explicação pessoal, Venâncio disse que “vejam como o PT mudou. Antigamente eles se achavam os donos da moralidade e que eram exclusivos. Hoje Gualberto, que tremulava a bandeira da ética e da decência, fica contente quando os petistas se equivalem aos outros partidos. O problema é que hoje ninguém quer ser comparado com o PT. Sinceramente, comparar João Alves Filho com José Dirceu é uma grande aberração!”.
Em seguida, o líder da oposição disse que “os sergipanos conhecem João Alves, sabem da sua história, da sua moral e honradez, e dos serviços prestados. Compará-lo com José Dirceu que deixou a Casa Civil pela chefia que tinha do mensalão? João Alves nunca fez plástica da face para mudar seu caráter. Dona Maria do Carmo já convive com ele há vários anos e sabe quem é João Alves. Sabe que seu nome é João, que ele nunca precisou esconder isso de ninguém”.
Para Venâncio o líder do governo se perdeu nos argumentos. “Para não dizer que Gualberto foi infeliz, quero dizer que ele se perdeu no discurso. Até entendo ele. Ter que defender o indefensável não é fácil. Sou advogado e sei o que é defender uma causa ruim. Ele é muito inteligente, mas aí já é demais! Que a deputada Ana Lúcia não caia na besteira de tirar uma foto com José Dirceu para não queimar sua chapa. A deputada Conceição Vieira (PT) fez uma defesa mais afoita. Mas ela pode porque não é mais candidata a nada!”.
“Dizer que José Dirceu pode andar livremente por aí porque João Alves também anda? O povo sergipano conhece o ex-governador, conhece o negão, sabe do seu caráter e da sua dignidade. José Dirceu vem a Sergipe e vai ser recebido com as honras de chefe de Estado. É um ídolo para a cúpula do PT. Mas Sergipe não se orgulha com a presença dele aqui. Não temos nada para agradecê-lo! Ele deveria ter escolhido outro Estado para lançar seu livro. Nós repudiamos a visita dele pelo comportamento que teve a frente da Casa Civil e que ainda hoje tem um apartamento em Brasília pago por um escritório de advocacia, de onde manda e desmanda”, completou Venâncio.
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