O leitor que conhece algum jovem atleta, algum professor de educação física ou dirigente de entidades esportivas já deve ter conhecimento do abandono total do esporte em Sergipe nos últimos anos. Sergipe que já foi um celeiro e uma referência para diversos esportes no Brasil, tendo inclusive sendo palco de diversas competições nacionais, é hoje um marasmo total.
Alguns dirigentes de federações, mesmo passando pelo caos total, têm medo de se exporem publicamente para não sofrerem mais retaliações de um governo perseguidor. Há dois anos entregaram as chaves das salas das federações amadoras na Arena Batistão, mas as entidades não puderam se instalar. Ninguém entende porque o governador Belivaldo resolveu acabar com a pasta do esporte, em detrimento de outras. A SEEL virou uma mera superintendência.
Belivaldo entende esporte apenas como uma atividade física ou algo que melhora a qualidade de vida. Não Belivaldo! O esporte quebra as barreiras das diferenças, tira os jovens das ruas e contribui para a inclusão social. O esporte faz parte também da área da saúde e mesmo assim é abandonado sem nenhuma politica pública nesse sentido e com a omissão de todos os poderes. Meninada ociosa é convite pra obesidade e outras patologias. O que resta são abnegados professores que dão cursos gratuitos na periferia de Aracaju e algumas cidades para ajudar os jovens. E alguns projetos, como o “Fumaça Zero”, do vereador Cabo Didi em Aracaju.
Sergipe não é mais sede de campeonatos nacionais. O Constâncio Vieira, que deveria ser transformado numa Arena de referência para vários esportes está entregue as baratas há muito tempo. Vários locais para a prática esportiva estão abandonados. São muitos, na orla, por exemplo, principal cartão postal a pista de motocross, que chegou a receber etapas do campeonato nacional – e de fácil manutenção – está entregue ao mato (ver foto). Cadê as escolas de esportes criadas pelo saudoso Déda? Um projeto da verdadeira inclusão social. O blog viu como era no Santa Maria, com vários esportes. Hoje as duas existentes, no Santa Maria e no Santos Dumont estão voltadas para o futebol e aulas de ginásticas. Perderam todo o sentido que Déda imaginou.
Agora os atletas de Sergipe têm que mendigar para irem disputar em outros estados já que aqui não atrai mais campeonato nacional, por conta do marasmo e da inércia do governo perdido. O que se vê são jovens atletas pedindo ajuda nos sinais para irem disputar lá fora lá. Belivaldo não tem vergonha de ver os jovens atletas nos semáforos vendendo garrafas “squezze” para juntar dinheiro para representarem, pasme caro leitor: Sergipe.
Que vergonha governador!
O governador realmente chegou “pra resolver”. Resolveu acabar com os esportes em Sergipe.
Bons tempos dos verdadeiros Jogos da Primavera, hoje feitos como se diz no linguajar dos próprios desportistas “nas coxas”; Bons tempos que as federações eram protagonistas; bons tempos que uniam ações do turismo e do esporte em Sergipe.
É preciso transformar o Constâncio Vieira numa Arena de referência. Realizar um bolso atleta através de um novo modelo de políticas públicas, valorizar os profissionais de educação física, os técnicos, os mestres das artes marciais. Um permanente fórum de debates para discutir o esporte em Sergipe. Nem isso tem coragem de fazer.
Por quê Sergipe perdeu sua pasta do esporte? Com tanta “aspone” no governo para contemplar aliados? Para que serve a superintendência na pasta da educação? O blog responde: Contemplar aliado e nada mais, inclusive dando apoio apenas para alguns “apadrinhados” do esporte.
O atual governo de Belivaldo e Jackson (isso mesmo atual), acabou com o esporte amador em Sergipe. Como o estado vai descobrir novos talentos sem uma política pública para os esportes?
Um governo sério trataria o esporte com politicas públicas eficientes e transformadoras.
Esporte é a cara do governo amorfo e perdido. Quem salvará o esporte sergipano? Com certeza não será um governo que é um desgoverno.
Fonte: blog do jornalista Cláudio Nunes
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