O Hospital Monsenhor João Batista de Carvalho Daltro, popularmente conhecido como Hospital Regional de Lagarto pode vir a ser uma unidade de saúde federalizada. A solicitação de mudança foi discutida nesta quarta-feira, 31, pelo governador em exercício, Jackson Barreto, e o reitor da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Ângelo Antoniolli, que estava acompanhando do vice-reitor, André Maurício e do professor e médico Eduardo Garcia.
Para o governador em exercício, a solicitação da UFS nasce com a missão de incrementar o atendimento em rede hospitalar na região Centro-Sul de Sergipe. “O Governo do Estado tem posição favorável a transformação do Hospital Regional de Lagarto em hospital universitário, pois essa será a consolidação de um projeto pensado por Marcelo Déda quando criou e construiu os hospitais regionais”, destacou Jackson.
Para o gestor estadual, a federalização é um passo importante para que a unidade de saúde tenha condições de ter seus serviços ampliados. O hospital deve ser administrado pela Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares, que está sendo implantada e que vai conduzir os hospitais universitários do País. “Serão mais recursos e estes resultarão na ampliação do atendimento em toda região Centro-Sul. O compromisso social do nosso governo com a saúde será consolidado nesta parceria”, enalteceu Jackson Barreto.
Com a implantação da federalização, o hospital atenderá casos de alta complexidade, realizar os mais diversos tipos de cirurgias e os mais diversos serviços oferecidos à população lagartense, além dos moradores de municípios circunvizinhos, como Simão Dias, Salgado, Riachão do Dantas, Tobias Barreto e Poço Verde. A obra muda o cenário da saúde inclusive em cidades localizadas fora do Estado, como as cidades baianas de Paripiranga e Nossa Senhora de Fátima, cuja população costuma vir a Sergipe em busca de atendimento médico. Inclusive diminuirá e contribuirá para a melhoria dos serviços do Huse, já que o hospital vai atender uma região com grande densidade demográfica.
“Estamos em sintonia com o Governo Federal que lançou o ‘Mais Médico’, com o objetivo de levar atendimento ao interior dos estados. A nossa postura se une à posição da presidente Dilma Rousseff, que deseja assistir aos menos favorecidos”, observou Jackson.
Para tratar do assunto, um grupo de trabalho será criado. “Representantes da Universidade e da Secretaria de Estado da Saúde, na pessoa da secretária Joélia Silva, estarão conversando sobre todos os detalhes”, afirmou o governador em exercício.
O reitor da UFS, Ângelo Antoniolli acredita que a unidade hospitalar fará parte do desenvolvimento do interior sergipano. “É importante para a instituição que passe a contar com um hospital no interior sergipano, bem como para o Estado que tenha um parceiro desenvolvendo esse papel e para a sociedade que será bem atendida”.
Antoniolli lembra que o hospital virá como uma parte na formação do aluno na área da saúde. “Com a federalização, o campus da universidade que está sediada em Lagarto desenvolverá as suas atividades dentro do hospital universitário federalizado, com a formação dos nossos profissionais de saúde”.
Atualmente, o campi Lagarto é específico para a área de saúde, com oito cursos: medicina, odontologia, enfermagem, farmácia, nutrição, fisioterapia, fonoaudiologia e terapia ocupacional. Anualmente 410 vagas são disponibilizadas.
O reitor saiu satisfeito da reunião com o governador em exercício. “O governador percebeu a importância do projeto, e que a sociedade, o Estado e a Universidade ganham. A vitória será para todos”.
Hospital Regional de Lagarto
A unidade de saúde possui 5.200 mil metros quadrados de área construída, onde foram investidos R$ 22.091.970,70, dos quais R$ 13.581.097,68 em obras, R$ 6.431.177,77 em equipamentos.
Inaugurado há três anos, o hospital fechou o primeiro semestre de 2013 com 61.697 mil atendimentos de urgência e emergência, entre procedimentos clínicos, consultas especializadas em pediatria, ortopedia, administração de medicamentos, atendimentos de enfermagem em geral e tratamento clínico de traumas ortopédicos. Este total é 8% superior ao registrado nos seis primeiros meses de 2012, quando o Hospital de Lagarto realizou pouco mais de 57 mil atendimentos. Também no primeiro semestre, a unidade realizou 521 cirurgias, entre gerais e ortopédicas.