Tendo o diálogo como ponto fundamental da política de administração pública, a Prefeitura de Aracaju tem buscado sempre ouvir a população para atender, dentro das possibilidades, a demandas da comunidade aracajuana.
A secretária municipal da Família e da Assistência Social, Selma Mesquita, conversou no início da tarde com o grupo de moradores da invasão Novo Amanhecer que ocupou um dos corredores do Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos na manhã desta segunda-feira, 29.
A ocupação ocorreu na véspera da reintegração de posse da praça do bairro 17 de Março, invadida por eles em março. O mesmo grupo, ainda na gestão anterior, havia ocupado irregularmente centenas de casas no bairro, mas a atual administração da Prefeitura de Aracaju devolveu os imóveis aos verdadeiros donos.
Depois de ouvir a proposta de que em 60 dias terá concluído a análise dos 308 cadastros feitos com os moradores da invasão Novo Amanhecer para identificar aqueles que têm direito ao auxílio moradia, os ocupantes deixaram pacificamente a sede da Prefeitura de Aracaju.
"Apelei para o bom senso deles, garantindo que o interesse da administração do prefeito João Alves Filho é atender as necessidades destas famílias, mas as coisas não podem acontecer assim. É preciso aguardar os projetos de moradia que serão empreendidos nesta gestão, com calma e tranquilidade", disse Selma Mesquita.
A secretária informou que o cadastro dos moradores da invasão Novo Amanhecer aconteceu no período de 15 a 22 deste mês e foram contabilizadas 308 famílias. Elas serão inseridas nos próximos projetos de casas populares do município de Aracaju.
Guarda Municipal
A Guarda Municipal de Aracaju (GMA) atuou durante a ocupação, garantindo a segurança dos serviços e o patrimônio municipais que se encontravam ameaçados em virtude da presença dos manifestantes no local.
Durante toda a ocorrência que envolveu cerca de 70 manifestantes, os guardas municipais (GMs) mantiveram um cordão de isolamento para conter o avanço dos manifestantes e proteger as unidades administrativas do prédio. "A GMA buscou identificar as lideranças do movimento para estabelecer as negociações com o intuito de mediar a desocupação. No primeiro momento, o grupo se comportou de forma hostil, pois eles pretendiam, a todo custo, serem atendidos pelo Prefeito ou representante. Porém no início da tarde os manifestantes, após o encontro com a secretária,desocuparam o prédio", expôs o diretor geral da GMA, coronel Enilson Aragão.
Segundo o diretor adjunto, tenente Jonatas Souza, do trabalho de diálogo empreendido pela GMA resultou a indicação da composição de uma comissão para negociação, reunindo representantes do movimento, da Câmara Municipal de Aracaju e a secretária de Ação Social Selma Mesquita. "A presença da Guarda foi fundamental para resolução do conflito, desenvolvendo uma ação técnica respaldada em princípios legais e éticos, resguardando toda a estrutura do Centro Administrativo, sem registros de prejuízos ao patrimônio", afirma Jonatas.
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