terça-feira, 7 de dezembro de 2010

GOVERNADOR MARCELO DÉDA REALIZA VISITA AO NOVO PRONTO-SOCORRO DO HUSE.

Acompanhado de representantes da imprensa de SE e secretários de Estado, ele percorreu as novas instalações da 1ª etapa do PS, cuja inauguração está prevista para o próximo dia 16


“Estas novas instalações representam um investimento que busca ampliar e melhorar a qualidade dos serviços prestados pelo Hospital de Urgência de Sergipe, oferecendo mais conforto e tecnologia no atendimento à população”. Assim, o governador Marcelo Déda definiu a importância de um investimento estimado em R$ 22 milhões na infraestrutura do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse). Acompanhado de representantes da imprensa sergipana e secretários de Estado, ele percorreu as novas instalações da primeira etapa do Pronto-Socorro (PS), cuja inauguração está prevista para 16 de dezembro.

Correspondendo à metade do total da obra, a primeira etapa do PS inclui, além da nova estrutura, ampliação da Central de Material Especializado (CME), da Agência Transfusional (banco de sangue), do necrotério, além da área de lazer dos funcionários. Conforme o conceito de classificação de risco, o novo PS conta com as áreas de urgência e emergência dotadas de 120 leitos que são divididos em quatro alas.

“Esse investimento é fundamental, pois significa um novo conceito de atendimento, com uma estrutura funcional e aparelhos atualizados tecnologicamente que melhoram o acompanhamento e o monitoramento do paciente, dando mais eficiência ao tratamento, além de poder reduzir o tempo de internação”, destacou o governador, referindo-se aos novos leitos, monitores de funções vitais, respiradores, dentre outros equipamentos que se somam à nova logística e organização do espaço hospitalar.

Estrutura

No setor de emergência estão as alas vermelha e amarela, preparadas para atender, respectivamente, aos casos de alta e média complexidade envolvendo politraumatismos, queimaduras, dentre outras ocorrências. O setor de urgência do OS, que é composto pelas alas verde e azul, está preparado para atender casos mais simples e é dotado de uma nova estrutura de acolhimento aos pacientes. A identificação visual das respectivas alas também é orientada pelo revestimento dos pilares e diversos outros elementos da estrutura física nas novas instalações.

“A nova organização do espaço hospitalar é fundamental para um bom atendimento. É preciso trabalhar em várias frentes para produzir um melhor resultado numa nova dinâmica de atenção aos pacientes”, destacou Déda. Ele também foi enfático ao explicar que o problema da superlotação não depende unicamente da organização desta unidade hospitalar, e sim do funcionamento do sistema de saúde em todo o estado.

“Para enfrentarmos os problemas gerados pela grande demanda às unidades de saúde capital, precisamos gerenciar a parte que cabe ao Governo do Estado, mas também a parte que é responsabilidade de cada município”, explicou o governador. ”Se nós fizemos o investimento que é constatado inclusive na rede hospitalar do interior, como novos hospitais regionais e reforma e ampliação de outros, além da instalação das Unidades de Pronto Atendimento (UPA’s), tudo isso tem a finalidade de levar a saúde para perto dos moradores do interior e também oferecer mais resolutividade, acabando com o envio dos casos mais simples para a capital, onde devem estar apenas os casos mais graves”, argumentou Déda.

Parceria e racionalidade

Para o governador, é fundamental a parceria e o entendimento com a gestão da saúde nos municípios, pois permitirá utilizar de maneira mais racional os hospitais municipais, unidades de atenção básica, hospitais conveniados (como é o caso do Hospital de Cirurgia), numa sincronia que ajudará a reduzir a demanda. “Mas é preciso que todos os que são parceiros nesse sistema trabalhem com essa perspectiva, e que o próprio cidadão entenda que se o caso dele já foi resolvido, e ele tem condições de ter alta, é necessário que sua família o leve para casa, já que há outros esperando o atendimento”, exemplificou o governador.

Nesse sentido, o governador destacou a importância do investimento realizado pelo Governo do Estado, da ordem de R$ 300 milhões, na atenção hospitalar e ajudando aos prefeitos a melhorarem a atenção básica. “Estamos buscando fazer a nossa parte, mas é preciso que a sociedade também colabore contribuindo para usar racionalmente o sistema hospitalar. Se é um problema que pode ser resolvido no posto médico, não é necessário trazê-lo ao Huse. Isso só é possível com a união de todos para buscarmos as soluções para a saúde pública sergipana, pois nosso objetivo é o mais nobre de todos: melhorar a vida do nosso povo”, sentenciou o governador.

Trégua política

Contextualizando algumas insinuações de políticos da oposição em relação à questão da saúde, o governador fez um apelo para que estes opositores parem de fazer palanques políticos em cima dos problemas dos serviços de saúde, e passem a buscar oferecer sugestões efetivas para a eliminação dos problemas enfrentados. “Eu estou aberto a discutir e ouvir sugestões consistentes, críticas com embasamento técnico e alternativas que promovam um debate qualificado e sem questiúnculas políticas. O que eu apelo é para que haja uma trégua política em benefício da saúde do nosso estado e, sobretudo, em benefício da população”, declarou o governador.

Complementação e condições de trabalho

A secretária de Estado da Saúde, Mônica Sampaio, também informou que a segunda etapa da obra, cuja conclusão está prevista para abril de 2011, incluirá mais 12 leitos para a ala amarela do setor de emergência, o acesso dos visitantes, o ambulatório de retorno e a UTI (intensiva e semi-intensiva), com 63 leitos.

“A nova estrutura nos dá uma perspectiva muito boa, mas também estamos investindo no processo de trabalho, organização das equipes e qualidade, para que os profissionais também possam exercer o seu papel”, destacou a secretária. Segundo ela, a Secretaria de Estado da Saúde já está buscando se reunir com os sindicatos e conselhos que representam os profissionais da saúde para a realização de um pacto ético-profissional.

“Acima de tudo, o nosso interesse deve ser o interesse do paciente, acima de qualquer outro interesse. Nessa perspectiva, uma estrutura como essa ajuda, pois oferece respeito e dignidade aos usuários e aos profissionais que aqui atuam. Esse é o nosso objetivo, lutando para que, cada vez mais, as pessoas sejam bem atendidas”, disse Mônica Sampaio.

Investimentos e metas

A reforma e ampliação do Huse, além da nova estrutura física, também envolvem medidas para beneficiar a qualidade do serviço. Nesse sentido, a Secretaria de Saúde investiu mais de R$ 2,5 milhões na aquisição de equipamentos que beneficiam o atendimento prestado. São respiradores, monitores cardíacos, desfibriladores, carros de emergência, aparelhos de raio-X, macas, cadeiras de rodas e colchões para equipar o pronto-socorro.

A meta é oferecer à população sergipana uma das unidades mais modernas do Norte e Nordeste do país, com equipes permanentemente capacitadas e aptas a aplicar o novo conceito de urgência e emergência.

O Huse recebe cerca de 15 mil pacientes/mês, e tem em seu quadro funcional mais de dois mil servidores, dos quais 600 médicos. São oferecidas mais de 50 especialidades médicas, sendo referência em trauma e oncologia.

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