Instalada na Assembleia Legislativa de Sergipe e em outros parlamentos estaduais do país, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga os problemas enfrentados pelos usuários do serviço de telefonia móvel mostra avanços. O deputado estadual Jeferson Andrade, membro da comissão, afirma que os parlamentares têm ouvido representantes do setor, conhecendo melhor o funcionamento das empresas e suas deficiências.
“É notório em Sergipe, a exemplo do que ocorre em todos os Estados, a má qualidade do sinal e os custos exorbitantes da tarifa. Queremos melhorar essa relação e buscar solução para os problemas que afetam os usuários da telefonia móvel”, explica o parlamentar, que ficou surpreso em saber que no Brasil se paga uma das tarifas de telefonia móvel mais caras do mundo.
Jeferson Andrade disse que os custos do setor, no Brasil, são exorbitantes. “Um pacote de duzentos minutos aqui é cinco vezes mais caro que na Rússia. É oito vezes mais onerosa que na China e quase trinta vezes mais caro que na Índia”, observou o deputado, que não entende como o sergipano paga por um serviço de má qualidade e tão caro.
“O que as CPIs pretendem é rediscutir essa relação e baratear a tarifa. Um serviço que cobra valores acima do padrão mundial não deveria oferecer uma conexão tão ruim, cheia de falhas”, apontou o parlamentar. Jeferson afirma que as empresas têm sido acusadas de cobrar por ligações que não são realizadas e oferecer pacotes que não são respeitados. “As operadoras têm que rever essa relação”, prega.
O deputado espera que a CPI possa contribuir para firmar um novo patamar para as empresas de telefonia móvel no país. Segundo Jeferson, o setor vem experimentando um crescimento impressionante e em contrapartida passa a oferecer um serviço de má qualidade e caro. “No ano passado a telefonia de banda larga móvel experimentou um crescimento de sessenta por cento enquanto a tevê por assinatura avançou vinte e sete por cento. Dai se tem uma ideia de quanto esse mercado cresce, com tarifas caras e conexões que deixam a desejar”.
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