Professores aposentados procuraram o SINTESE com uma reclamação em comum. Problemas em seus contracheques. Os professores aposentados recebem seus contracheques em casa via correios.
Os que chegaram ao sindicato estavam com nomes, cargos e vencimentos trocados, num mesmo contracheque aparece o nome de dois (2) beneficiários distintos e igualmente distintos os cargos ocupados, os valores percebidos e o órgão de origem.
Mais grave ainda, nos contracheques distribuídos, são repassados dados pessoais importantes, de um para outro servidor, a exemplo do nº do Cadastro Pessoa Física do Ministério da Fazenda (CPF), dados da conta bancária onde os proventos são depositados (Banco, Agência e número da conta) e, também, da senha para acesso ao Sergipeprevidência, via internet, deixando vulnerável a privacidade dos educadores aposentados.
Exemplo disso foi a professora Ubaldina Fonseca Santana Moreira, diretora do Departamento de Base Estadual do SINTESE. “Ao abrir meu contracheque percebi que todos os dados eram de outra pessoa, um servidor da Secretaria de Estado da Saúde, também aposentado”, conta.
Mas o pior é que não só dados administrativos foram expostos nos contracheques, as senhas de acesso também foram impressas junto aos dados. “É uma situação terrível, pois da mesma forma em que estou com dados de uma pessoa que não conheço, outro servidor teve acesso aos meus dados”, explica.
Pela internet
Outro dado que surpreendeu os professores é que eles só vão receber os contracheques de 3 em 3 meses. Um aviso do Sergipeprevidência diz que se o servidor quiser ter o comprovante de rendimentos mensalmente terá que acessá-lo via internet.
Para o sindicato esta é uma medida excludente, pois o uso do computador e o acesso a internet para a faixa etária dos professores aposentados ainda é pequeno para tal ação ser tomada. Isso sem contar que empresas e serviços que exigem comprovação de renda, a exemplo dos comércio, não aceitam o contracheque impresso pela internet. Para o sindicato os aposentados devem ter as duas opções disponíveis e usar a que melhor lhe convier.
A justificativa pelo erro dada pelo Sergipeprevidência aos diretores do SINTESE que procuraram o órgão é que o problema nos contracheques foi um erro cometido pela nova empresa que foi contratada para confeccionar os contracheques também não foi bem digerida pelo sindicato.
“Os dados dos servidores no contracheque são pessoais e intransferíveis não podemos admitir que o Sergipeprevidência que é um órgão que deve zelar pelas informações dos servidores tome esta atitude e os deixe vulneráveis”, disse a presidenta do SINTESE, Ângela Maria de Melo.
O SINTESE enviou ofício para o SergipePrevidência solicitando audiência para discutir a questão.
Fonte: Sintese
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