Sobre o episódio envolvendo a cantora Rita Lee, no último sábado, 28 de janeiro, na praia de Atalaia Nova, município de Barra dos Coqueiros, e o pedido da artista para que os policiais militares se retirassem do local, o Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult), esclarece que:
1 - Um evento da dimensão do Verão Sergipe, em que ela se apresentou, gratuito e que atrai dezenas de milhares de pessoas, depende diretamente da Polícia Militar para que a segurança de quem participa da festa seja garantida. O comando da PM cumpriu seu papel com louvor, tanto é que o número de ocorrências nos dois primeiros dias do evento foi considerado muito baixo, e a instituição tem o reconhecimento do Governo pelos bons serviços prestados.
2 - Não foi registrada nenhuma ação dos policiais militares presentes na festa que justificasse os insultos proferidos pela cantora Rita Lee durante sua apresentação. Os profissionais da segurança pública cumpriram com seu papel, inclusive na escolta da artista em seu trajeto do hotel em que estava hospedada até o local do show, atendendo a uma solicitação da produção de Rita Lee.
3 - A Polícia Militar agiu com sensatez ao não interromper a apresentação de Rita Lee no momento em que foi insultada e desafiada pela artista, afinal, outra reação poderia provocar manifestações violentas na plateia, atrapalhando o clima de paz e tranquilidade registrado até então no evento.
4 - O Governo de Sergipe lamenta que em seu último show da carreira, como ela mesma anunciou, a cantora Rita Lee tenha provocado um mal-estar com uma instituição como a Polícia Militar de Sergipe, que ali estava presente para zelar pela segurança do público, dos profissionais envolvidos no evento e da própria Rita Lee.
Secretaria de Estado da Cultura / Governo de Sergipe
Convenhamos que diante do que aconteceu não se poderia esperar nada diferente da nossa irreverante vovó do rock. Maconha ainda é ilegal, não há sombra de dúvida quanto a isso, mas aqui para nós... num país que é tão negligente com o tráfico nas fronteiras e cujo governo mantém relações estreitas com governos e organizações que têm relações escusas com o narcotráfico, num pais em que ficamos com a nítida impressão que de que só partiu para o enfrentamento definitivo do tráfico nos morros cariocas e a erradicação da cacrolândia no centro de São Paulo por conta das exigências internacionais diante da iminência de realização de grandes eventos desportivos; num país que é tão leniente com o superfaturamento de obras públicas; com contratações ilegais; com as famigeradas e generalizadas Caixas 2 de campanhas eleitorais, num pais em que ainda se assiste o deboche do MENSALÃO e em que a Sociedade ainda estupefata não se recuperou dos escândalos que revelam excessos de faturamento de membros do Judiciário e onde acontecem tantos outros descalabros, cujos autores quando flagrados terminam completamente impunes por conta das brechas na lei; de manobras jurídicas, de toda sorte de estratagemas legais, do compadrio, do suborno de autoridades ou da incompetência administrativa, o que é um baseado na plateia de um show com as carasterísticas como as que revestiam a despedida de Rita Lee? Sabemos que não é raro que isso aconteça em grandes eventos de música jovem. É muita hipocrisia achar que ela ia assistir impassível logo ali no gargarejo à Polícia endurecer ostensivamente com seus fãs, com aquele seu jeito tão característico para quem conhece, por conta de um baseado, sem prever que fosse outra que não aquela sua reação. Logo imediatamente após as declaração de Washington do decadente É o Tcham de que Sergipe era o quintal da Bahia, bem em meio à queda de braço entre policiais militares e os interesses do Pré-Caju, estávamos ainda muito à flor da pele e não se podia esperar outra reação da plateia que tinha conhecimento da presença do governador no palanque VIP, o que, sem dúvida, em muito estimulou o destempero da estrela do rock. Os impropérios, todavia, não se justificavam, mas temos que relevar, em se tratando de alguém na sua idade que já enfrentou os rigores da repressão na ditadura, a sua paranóia com a truculência de alguns policiais.
ResponderExcluirhttp://www.youtube.com/watch?v=h9vTnghcdfM&feature=related
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