quarta-feira, 13 de julho de 2011

TRABALHADORES DA EMDAGRO LUTAM POR CUMPRIMENTO DO ACORDO COLETIVO.

Na manhã desta quarta-feira, 13 de julho, os trabalhadores da Empresa de Desenvolvimento Agropecuário de Sergipe (Emdagro) participaram da Assembléia Geral promovida pelo Sindicato dos Trabalhadores da Assistência Técnica e Extensão Rural de Sergipe (Sinter/SE). A plenária foi realizada no pátio da sede da Emdagro, em Aracaju, e contou com a presença de grande parte dos funcionários, além do apoio da Central Única dos Trabalhadores de Sergipe (CUT/SE).

A pauta de reivindicação da categoria, aprovada como Acordo Coletivo, foi apresentada à empresa em fevereiro deste ano. De acordo com o presidente do Sinter/SE, Aldo de Jesus Filho, os três pontos principais são: reajuste salarial de 7,6%; reposição das perdas salariais relativas a períodos passados, que está no patamar de 51%; e realização de concurso público.

“No Acordo Coletivo nós procuramos fazer as nossas concessões, esperando que as justas reivindicações sejam atendidas o mais rápido possível. No caso da reposição salarial, nós sugerimos dimunuir de 51% para 30%, dividido em 3 vezes. A questão do concurso público, é um ponto inquestionável. Nosso quadro de funciários está extremamente defasado, precisando de profissionais de todas as áreas, e estamos sem concurso público geral, basicamente, desde 1975. De lá para cá tivemos apenas um concurso, em 2004, fruto da luta e pressão do Sinter/SE contra a terceirização que a Emdagro ia fazer naquele tempo. No entanto, esse último concurso foi realizado com o intuito de preencher pouquíssimas vagas, bastante limitado, eram cerca de 10 agronomos, 10 veterinários... e depois convocou mais alguns por conta da exigência do Ministério da Agricultura que estava precisando de gente para a Defesa Sanitária Animal e Vegetal. Esses três pontos são reivindicações justas, direito dos trabalhadores da Emdagro”, garantiu Aldo de Jesus Filho, presidente do Sinter/SE

Outra questão problemática para os trabalhadores da Emdagro é a situação do plano de saúde. Há 25 anos, a empresa fez um convênio com a Associação dos Servidores da Endagro, e repassa uma contribuição para manter o plano de saúde. “Desde Abril deste ano, a Endagro não repassou um centavo sequer, não deu satisfação nenhuma, apenas disse que eram questões burocráticas. Só que os médicos e todos os profissionais da área da saúde não podem esperar por essa burocracia do Estado”, alertou Aldo (Sintel/SE).

Para o presidente da CUT/SE, Rubens Marques, o Governo do Estado tem que respeitar o princícpio da administrição continuada. “O Estado precisa resolver essas questões relacionadas ao plano de saúde, e ao plano de carreira, que é da década de 70 e está bastante defasado, anterior à Constituição de 88. A CUT/SE defende a unidade desses trabalhadores, e sugerimos que eles solicitem uma audiência pública com o governador para tentar resolver o impasse. O relato geral é de que a maioria dos trabalahdores têm salários bastante defasados, num setor vital para a economia de Sergipe. Por isso, a ação agora é mobilizar e tornar pública a demanda, fazer debate na imprensa e provocar o Governo de forma clara e aberta”, reforçou Rubens Marques.

Trabalhadores - Pilar de sustentação da Agricultura em Sergipe

A Emdagro atua tanto no meio rural como no urbano, buscando contribuir para o fortalecimento da agricultura familiar e expansão do agronegócio. As áreas de trabalho são na Assistência Técnica e Extensão Rural, Pesquisa, Defesa Agropecuária e Ações Fundiárias. Portanto, nesses 42 anos de existência, são os servidores da empresa que contribuiem com a extensão rural de Sergipe, com o desenvolvimento agropecuário.

Hoje, dos 1200 funciários, a Endagro conta com apenas 500. “Somos nós que realizamos os inúmeros projetos, da irrigação ao produtor. Sem o nosso trabalho de assistência técnica rural, boa parte dos créditos disponíveis para quem trabalha na agricultura e pecuária do Estado não serão bem investidos, não farão o bem que poderiam, e vão prejudicar, principalmente os agricultores familiares, que compreendem e apoiam a nossa luta, porque sabem que faltam muitos investimentos e valorização do nosso trabalho”, finalizou Aldo, presidente do Sintel/SE.

O presidente esclarece que na Assembléia desta quarta-feira, ficou definido que os trabalhadores irão continuar com as negociações e aguardar uma sinalização do Governo até o dia 29 de julho. Se essa resposta não existir, os servidores da Emdagro irão iniciar uma série de mobilizações pelo Estado, fortalecendo a categoria, cosncientizando o agricultor para apoia-los e lutando por direitos essenciais.

Fonte: CUT/SE

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