O deputado estadual Antônio dos Santos (PSC) fez pronunciamento durante a sessão da Assembleia Legislativa desta terça-feira, dia 23, para solicitar ao governador Marcelo Déda uma providência urgente no sentido de viabilizar o concurso público para peritos do Instituto Médico Legal (IML) de Sergipe. Segundo ele, em 2009 foi aprovada uma lei alterando, acrescentando e revogando alguns dispositivos da lei complementar e apresenta um quadro de perícias, mas o estado ainda sofre com a carência de peritos.
Ele disse que uma coisa que traumatiza, choca e abala o cidadão é a partida de um ente querido, isso em condições normais, quanto mais quando é vítima de um acidente ou um homicídio. O parlamentar acrescentou que o que tem acontecido em Sergipe é que se tiver um acidente no município de Propriá, outra morte violenta no sertão, em Nossa Senhora da Glória, por exemplo e outra na região Sul do Estado, o IML só dispõe de um perito para que esses corpos possam ser recolhidos.
“E sem a presença do perito eles não podem ser retirados. E o que está acontecendo no Estado é as pessoas passarem sete, oito horas esperando para que a viatura chegue para recolher os corpos. Imagine a dor da família em ver o corpo de um ente querido sem poder remover e passar o dia inteiro esperando que a viatura do IML chegue”, disse.
O deputado relatou que, por conta dessa situação, foi ao secretário de Estado da Segurança Pública, João Eloy, para que ele explicasse o que estava acontecendo e ele teria informado que o Instituto só tinha um perito para fazer esse serviço. “E ele me deu exemplo, se acontece em extremos, o último a ser recolhido vai demorar bastante”, disse.
Para Antônio dos Santos, existem coisas que o Estado precisa priorizar, de verdade, disponibilizando peritos. “Porque basta a dor de perder um ente querido e ainda vê-lo em estado deplorável é muito triste. É um duro constrangimento”, acrescentou. O parlamentar fez um apelo ao governo do Estado para viabilizar o concurso para contratação de peritos, porque sem eles os corpos não podem ser removidos em casos de mortes violentas, como assassinatos e acidentes. “Fazemos esse apelo para que, urgentemente, seja realizado esse concurso para que traga tranquilidade à família sergipana na hora de maior dor que é a perda de um ente querido”, finalizou.
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