quarta-feira, 24 de agosto de 2011

MPF/SE DISCUTE CONSERVAÇÃO DO ACERVO DO MUSEU ARQUEOLÓGICO DE XINGÓ.

Nesta quarta-feira, 24 de agosto, o Ministério Público Federal em Sergipe realizou uma reunião para discutir o estado de conservação do acervo e o inventário dos bens arqueológicos do Museu Arquelógico de Xingó (MAX). Estiveram presentes representantes da Universidade Federal de Sergipe (UFS), MAX, Instituto do Patrimônio Histórico Nacional (Iphan), Petrobras e Secretaria de Cultura do município de Canindé de São Francisco. A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) não enviou representante.

Após ouvir as explanações de todos os presentes, a procuradora da República Lívia Nascimento Tinôco solicitou que a UFS e o MAX tomem medidas mais proativas no sentido de melhorar as instalações do museu e promover a conservação de seu acervo. O reitor da Universidade, Josué Modesto dos Passos Subrinho, e o diretor do MAX, Albérico Nogueira de Queiroz informaram que traçarão um plano de ações a serem efetivadas pelas instituições.

O reitor ressaltou, contudo, que apesar de o Museu ser gerido pela UFS, os prédios que o abrigam são de propriedade da Chesf. Assim sendo, legalmente, para que a Universidade possa investir na reforma dos prédios, será necessário que a Chesf transferisse a propriedade. Em sua explanação, Josué Modesto afirmou ainda que diante da necessidade de contratar novos servidores haja vista a expansão da UFS, tem encontrado dificuldades de alocar vagas no MAX.

Para o diretor Albérico Queiroz, os maiores problemas do museu, além da precária situação de conservação do acervo, são a falta de adequação das instalações prediais e o déficit de funcionários. Ele informou também que é preciso mais verbas para a compra de material para conservação das peças, tais como armários e climatização. Além disso, questionado pela procuradora Lívia Tinôco, o diretor informou que o MAX não tem um inventário de seu acervo.

O MPF, por outro lado, cobrou do MAX e da UFS maior empenho na retomada de convênio que existia com o município de Canindé de São Francisco, bem como na busca de patrocínios junto à Chesf e Petrobras, por exemplo.

Investigação – Desde 2009, o MPF tem acompanhado a situação do MAX. Um relatório de inspeção técnica do Centro Nacional de Arqueologia (CNA), órgão ligado ao Iphan, demonstrou que, por conta da falta de conservação algumas peças já sofreram danos irreversíveis. A procuradora Lívia Tinôco esclarece que pretende ouvir a Chesf em outra reunião para cobrar engajamento da Companhia na solução de tais problemas. O Museu foi construído para guardar o material oriundo do resgate arquelógico realizado na área inundada pela represa de Xingó, por isso, a Chesf também tem responsabilidade pela manutenção do MAX.

Fonte: MPF/SE

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