quarta-feira, 24 de agosto de 2011

EMPRESÁRIO É DENUNCIADO POR FRAUDAR LICITAÇÃO PROMOVIDA PELO MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL EM SERGIPE.

Duas pessoas foram denunciadas pelo Ministério Público Federal em Sergipe por fraudarem uma licitação promovida pela instituição. Os representantes da empresa Ache Tudo Comércio e Serviços apresentaram documentação com informações falsas a fim de participar de uma licitação para contratação de empresa especializada em manutenção de condicionadores de ar.

A empresa apresentou um contrato social tendo como proprietários dois “laranjas”, mas na verdade era administrada por Edênio Araújo Santos. Inclusive, foi o empresário quem fez os lances em nome da empresa no pregão eletrônico realizado pelo MPF/SE. Também foi denunciada uma suposta sócia da empresa, Cristiane da Hora Melo, que ajudou Edênio a realizar as fraudes.

Além de apresentar um contrato social ideologicamente falso, a empresa Ache Tudo enviou ao MPF/SE uma declaração falsa de que estaria habilitada a participar da licitação. Uma das exigências do edital era que as empresas fizessem uma vistoria prévia nas dependências dos prédios do MPF, entretanto, a Ache Tudo não realizou a visita técnica mas se declarou habilitada.

Falsidade ideológica – O empresário admitiu ainda administrar a empresa que tinha como sócios outras duas pessoas. Os documentos de constituição da empresa foram assinados por Cristiane Melo e a assinatura do outro “laranja” foi falsificada pelo próprio Edênio. À época da criação da Ache Tudo, o empresário se encontrava impossibilitado de constituir empresa no próprio nome, tendo, por isso, convidado os dois “laranjas” a emprestarem seus nomes.

Depois de sua constituição, a empresa passou por quatro modificações no seu contrato social, todas elas assinadas por Cristiane Melo e com a assinatura do outro suposto sócio falsificada por Edênio.

O empresário Edênio Santos responderá a processo por crime de falsidade ideológica, cuja pena é de reclusão de até 3 anos e multa, e por fraude à licitação, que tem pena de até quatro anos de detenção e pagamento de multa. Já Cristiane Melo responderá por falsidade ideológica.

O procurador da República, Ruy Nestor Bastos Mello, autor da denúncia, alerta que esses crimes têm sido comuns e que as empresas que participam de licitações não devem apresentar informações e documentos falsos, sob pena de seus representantes serem processados criminalmente.

Fonte:  MPF/SE

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