O treinamento desenvolvido é uma das ações estabelecidas no Planejamento Estratégico da FHS
Gestores e profissionais de Saúde do Hospital Regional de Nossa Senhora do Socorro e da Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), responsável pelo gerenciamento da unidade, participaram durante toda esta terça-feira, 23, do planejamento estratégico 2011/2012 destinado a definir metas e ações para a melhoria do atendimento ao usuário do Sistema Único de Saúde (SUS) assistido naquele hospital.
O treinamento aconteceu no auditório da Fundação Estadual de Saúde de Sergipe (Funesa) e foi ministrado pelo médico Jackson Fernando Rezende Vilela, consultor do Centro de Estudos Augusto Leopoldo Ayrosa Galvão (Cealag). Cerca de 30 pessoas, entre gestores e profissionais de saúde do hospital, que atuam nas áreas médica, administrativa, de enfermagem, nutrição, higienização, dentre outros, participaram da capacitação.
Segundo Genisete Pereira dos Santos, superintendente da unidade, o treinamento desenvolvido é uma das ações estabelecidas no Planejamento Estratégico da FHS para todas as unidades vinculadas à instituição. “Com base nos eixos assistenciais e de gestão, estamos trabalhando as estratégias para a consolidação dos novos processos de trabalho no hospital”, explica.
De acordo com Genisete, o Planejamento Estratégico é um instrumento essencial para sistematizar ações assistenciais e de gestão com vistas à melhoria do atendimento à população. “Quem ganha com isso é o usuário, pois independente do horário de trabalho, todas as ações serão realizadas de forma padronizada e com a mesma qualidade”, justifica.
Esse ganho de qualidade para o usuário somente é possível, segundo acrescentou, graças ao envolvimento efetivo de todos os setores do hospital na definição do padrão de atendimento que se quer para a unidade. “Vale ressaltar que estamos fazendo uma construção coletiva, com a participação de todas as áreas do hospital, para que se sintam co-responsáveis pela gestão”, acrescenta.
Dinâmica e metodologia
Durante todo o dia, os participantes foram divididos em grupos, com o objetivo de discutir e estabelecer os valores, a missão, a visão e objetivos para a unidade, com base nos mesmos parâmetros inseridos no Planejamento Estratégico da FHS e na metodologia FOFA ( Forças, Fraquezas, Ameaças e Oportunidades). A partir daí, foram pactuadas ações levando-se em conta ainda eixos norteadores, como as gestões do cuidado, de recursos e suprimentos, da comunicação, do trabalho, humanização, processo de qualificação e governança.
“A matriz FOFA analisa as forças e fraquezas que estão relacionadas com o ambiente interno da instituição, enquanto as oportunidades e ameaças estão voltadas ao ambiente externo e podem trazer dificuldades à prestação dos serviços”, explica o consultor Jackson Fernando de Rezende, responsável pelo planejamento estratégico do Hospital Regional de Socorro.
Ele ressaltou que todo o treinamento, desenvolvido em forma de oficina, com gestores e profissionais do Hospital de Socorro, é na verdade resultado do planejamento estratégico de gestão, desenvolvido junto à Secretaria de Estado da Saúde (SES) e à própria FHS.
“Hoje o que estamos fazendo é um planejamento operacional, ou seja, no âmbito das unidades de atendimento hospitalar, integrando-o com as metas, a missão e valores do SUS e às diretrizes da Secretaria de Estado da Saúde e da Fundação Hospitalar”, reforça.
De acordo com o consultor do Cealag, especialista em Gestão de Saúde Pública pela Universidade de São Paulo (USP), através da metodologia FOFA, empregada no planejamento estratégico, é possível identificar os aspectos positivos e negativos de cada unidade, bem as possibilidades existentes tanto interna como externamente para a melhoria dos serviços prestados à população usuária.
“O que a gente espera com este curso é justamente que a instituição conheça e valorize aquilo que possui de bom, identifique as dificuldades e, no ambiente externo, aquilo que possa representar um entrave a seu funcionamento, bem como aquilo que a unidade tenha como oportunidade na busca de melhorias, crescimento, incorporação tecnológica, capacitação de pessoal. Isso tudo voltado às diretrizes do sistema de saúde e que possa servir de forma integral ao beneficiário final, o paciente”, frisou.
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